Notícias | + Listar todas
Estado quer transferir pacientes de Covid para Paraíso
11/03/2021
Em reunião emergencial convocada pela Superintendência Regional de Saúde (SRS), o Governo do Estado de Minas Gerais, em nova proposta para atender aos municípios que estão enfrentando colapso em seus sistemas de Saúde por conta da pandemia, manifestou a intenção de enviar pacientes da Covid-19 da macrorregião para o município paraisense. O prefeito Marcelo Morais destacou que não negará socorro a quem precisar, mas se posicionou contrário a esta medida, tendo em vista que a Prefeitura tem realizado ações enérgicas para conter o avanço da doença e o aumento dos índices da Covid na cidade.
O prefeito destacou que Paraíso é uma das poucas cidades do Estado com indicativo para a “onda verde” — fruto de todas as ações que têm sido tomadas pela municipalidade. Em reunião remota com a SRS, representantes da macrorregião de Saúde, membros do Legislativo local e a imprensa, o prefeito Marcelo Morais ressaltou a fiscalização pesada que tem sido feita pelo município e citou que foi pessoalmente às ruas fiscalizar e fechar comércios que estavam desrespeitando o decreto que estabelece medidas no combate à Covid.
“A intenção do Estado é clara, é passar o município para a onda vermelha e, posteriormente, onda roxa. Se isso acontecer, será muito difícil retornar ao estágio que estamos hoje. Se for necessário fazer essa mudança de ondas, nós faremos, mas será uma decisão tomada por nossa equipe técnica e não imposta ao Município pelo Estado, até mesmo porque os comerciantes e a população nos ajudaram a chegar nos índices atuais”, enfatizou.
O prefeito salientou ainda que o município de Paraíso ajudará as cidades em colapso sem nenhum problema, mas destacou que o Estado precisa credenciar novos leitos para não impactar os índices de ocupação da Santa Casa. “A partir do momento que começamos a receber esses pacientes, nossos índices subirão e sairemos da atual onda para a vermelha, e isto devido a uma ação do Estado e não do Município. Por isso precisamos cobrar novos leitos, porque quando atingimos 100% de ocupação, nós pedimos ajuda para o Estado, e ele nos virou as costas”, finalizou.
LEIA TAMBÉM:
Reunião discute proposta do Estado para remanejar pacientes.