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A Administração Pública Municipal esteve na manhã desta terça-feira (19/1) na Escola professor José Carlos Maldi, no bairro Bela Vista, para averiguar diversos problemas e irregularidades que foram levantadas por equipe técnica da Secretaria de Obras. Entre as principais preocupações estão infiltrações nas lajes do prédio, estruturas inacabadas e parte elétrica. Segundo o prefeito Marcelo Morais, o prédio não tem condições de funcionamento e a Prefeitura realizará obras emergenciais no local. Ele destacou também que as pessoas envolvidas na aprovação para o início das aulas naquele prédio devem ser responsabilizadas.

Além do prefeito, a vistoria ao local contou com a presença do vice, Daniel Tales, do secretário de Obras, Luerci de Paula Soares, o gerente de técnica, José Francisco de Castro, o secretário de Educação, Lucas Cândido de Oliveira, a diretora da Escola, Josimari Rocha da Silva, a vice-diretora Iraci Gonçalves Dias Tiago, o presidente da Câmara, Lisandro José Monteiro e vereadores.

De acordo com o secretário de Obras, o estudo levando os problemas que foram identificados pela Municipalidade foi realizado por engenheiros da Pasta, que constaram serviços a serem realizados em praticamente todos os setores da Escola, além de reformas e alternativas para problemas apresentados na infraestrutura do prédio. Luerci ressaltou que ficou surpreso com os problemas identificados pela Secretaria, tendo em vista que, segundo ele, o prédio não teria condições de abrigar o seu funcionamento.

“Ficamos indignados por saber que esta escola estava liberada para funcionamento. Caso não houvesse a pandemia, esses alunos hoje estariam aqui. É muito irresponsabilidade que partiu de todos os envolvidos desde o início desta obra. Faltou técnica e seriedade das administrações anteriores e que foram adiando os problemas aqui identificados”, destacou.

Além de problemas estruturais, Luerci apontou que foram identificados também outros na rede de esgoto, envolvendo águas pluviais e telhado inadequado, que precisará ser substituído. “O relatório, montado por nossa equipe técnica, foi entregue nesta data para nosso prefeito, que está muito preocupado com a situação. Daremos prioridades às ações que precisam ser tomadas e, para isso, usaremos recursos do Fundeb, para recuperar a Escola e colocá-la em funcionamento. Isto não quer dizer que os problemas serão totalmente eliminados. Teremos de três a quatro meses para fazer essa obra emergencial”, explicou.

O prefeito Marcelo Morais ressaltou que a Administração Municipal trabalha para resolver imediatamente os problemas averiguados durante vistoria. “Foi uma irresponsabilidade colocar crianças aqui dentro, e nos questionamos quem que autorizou o funcionamento. Já solicitei ao secretário de Educação para fazer esse levantamento e eu mesmo farei denúncia ao Ministério Público. O que presenciamos aqui foram problemas que, enquanto vereador, já havia denunciado, mas era dito que estávamos tentando ‘puxar para trás’. Identificamos aqui infiltrações, possibilidade de condenar espaços dentro da escola, postes de iluminação saindo da mão, entre muitos outros”, ressaltou.

De acordo com o prefeito, deve ser gasto, no mínimo, R$ 500 mil somente para fazer a cobertura do prédio. “Precisamos, agora, dar condições para que as crianças e profissionais que atuam aqui tenham segurança. Fico me perguntando como que as administrações que passaram deixaram isto acontecer, então vamos fazer nosso papel, resolver o que precisa ser resolvido, porém responsabilizando aqueles que passaram aqui e levianamente fizeram o que presenciamos”, concluiu.