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Bandeira de Paraíso completa 50 anos de criação
16/08/2018
No próximo dia 25 de agosto completam-se 50 anos da primeira apresentação pública e criação da Bandeira de São Sebastião do Paraíso. Oficializada a partir da Lei Municipal nº 743 — que também estabeleceu que fosse criado o Brasão Municipal —, estes símbolos passaram a ser o emblema do paraisense. Era o ano de 1968 quando foi realizado o concurso público para escolher a marca que representa a cidade.
Naquela época, Paraíso aproximava-se da comemoração do seu sesquicentenário de fundação e, embora o município já tivesse 100 anos de elevação à cidade, ela ainda não havia sido dotada destas simbologias. Jovem entusiasta da época, Luiz Ferreira Calafiori foi o vencedor entre cerca de 80 concorrentes do concurso. A proposta apresentada, além de passar pelo crivo da comissão julgadora, também foi analisada pela Câmara Municipal da época e transformou-se em lei.
A primeira apresentação pública da Bandeira ocorreu durante a solenidade do Dia do Soldado, em 25 de agosto de 1968, na Praça comendador João Alves (Fonte), onde estavam presentes as autoridades municipais e a população. Conforme descrição, a Bandeira é esquartelada em cruz, em conformidade com a tradição da Heráldica Portuguesa, na cor azul, tendo ao meio o losango branco, de onde partem faixas vermelhas. No centro possui aplicado o Brasão do Município. Este representa o Governo Municipal, e significa equilíbrio, além de representar a própria cidade. As faixas que partem do losango, dividem a Bandeira em quartéis que simbolizam a irradiação do poder municipal a todos os quadrantes do território. Já os quartéis representam as propriedades rurais existentes no município.
Conforme descrição do livro "São Sebastião do Paraíso, História e Tradição", em sua quinta edição ampliada e atualizada, o hoje historiador Luiz Ferreira Calafiori descreve os detalhes da sua criação de cinco décadas atrás. "O escudo flamengo-ibérico (ou arredondado, a relembrar a raça portuguesa, descobridora e colonizadora do Brasil) de blau (azul), cor emblemática da lealdade, da virtude, que é apanágio das nobres cidades; homenagem, ainda, ao céu de nossa cidade", relata.
No Brasão existe "um capacete militar romano, duas setas; justa homenagem ao patrono da cidade, o destemido, o intrépido, capitão Sebastião, chefe da Guarda Imperial de Deocleciano, morto em holocausto à sua fé", aponta. Também são descritos os "dois Arcanjos; alusão às bíblicas figuras do 'Paraíso Terrestre', individualizantes de nossa toponímia. Duas colinas; referência aos morros do Baú de Santa Cruz e Baú de Santa Terezinha, interessantes sentinelas periféricas da cidade".
Luiz Ferreira faz menção à "Coroa mural; segundo a Heráldica, distintivo de cidade em geral. Quatro torres ameadas; das quais apenas três se veem: uma inteira ao centro e meia de cada lado, como estabelecem as leis de perspectiva. Dois ramos de café; ornamentos que representam a principal riqueza agrícola do Município. Um listel; destinado a ostentar o topônimo da cidade - sede do Município, bem como a recordar as duas datas de sua fundação (1821) e elevação à Cidade (1873)", completa.
Do mesmo ano de 1968, ainda foi aprovada em 25 de outubro, a Lei Municipal nº 750. Nela, Luiz Ferreira Calafiori — hoje advogado, professor, historiador e que foi vereador e prefeito na cidade, designou o cognome “Cidade dos Ipês” a São Sebastião do Paraíso.
SAIBA MAIS sobre a Bandeira e o Brasão de Armas do município.
fotos: Manoel Ribeiro dos Santos (Lerinho) - arquivo Comunicação