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Tempo seco pede cuidados com a saúde e prevenção em relação às queimadas
30/07/2018
As queimadas são problemas comuns nesta época do ano. Além do tempo seco, o agravante em muitos casos são os incêndios provocados, principalmente para a limpeza de terrenos. Somente no período de janeiro a junho deste ano em Minas Gerais já foram registradas 4.036 queimadas enquanto que no ano passado em igual período foram 3.461 ocorrências. A tendência nos próximos meses é de aumento nos focos.
No início de 2018, o Brasil ocupava o quarto lugar dentre os países com o maior número de queimadas na América do Sul. Com a persistência do ar seco e a diminuição dos volumes de chuva, o número de incêndios e queimadas aumentou gradativamente. Atualmente o País ocupa o terceiro lugar de um triste ranking da América do Sul, o de maior número de queimadas. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), só no ano passado, 70.479 focos de incêndio foram registrados.
Os Bombeiros explicam que além do tempo seco, o agravante em muitos casos são os incêndios provocados, principalmente para a limpeza de terrenos. E dão um alerta em caso de queimadas próximo de estradas ou residências é importante que as pessoas não tentem apagar as chamas. No caso de São Sebastião do Paraíso um levantamento está sendo realizado e deverá ser divulgado nos próximos dias, em relação as ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros da cidade.
Segundo a fiscal de Meio Ambiente, Mônica Rodrigues, a incidência de queimadas está menor neste ano, embora, ainda reste um bom período de seca pela frente. "Vamos verificar nos próximos meses como fica, mas até agora quase não temos tido notificações", informa. Ela acrescenta que a atuação é feita com fundamentação nas leis existentes como é o caso da Lei Municipal 3.059 que trata da Política Ambiental em Paraíso. "As limpezas em terrenos feitas pelo Programa Cidade Viva também tem nos ajudado em relação a diminuição das queimadas urbanas", completa.
Além da legislação local, também em Minas Gerais existem leis como a de nº 20.922/2013 que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. Esta legislação compreende as ações empreendidas pelo poder público e pela coletividade para o uso sustentável dos recursos naturais e para a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida.
Confira algumas dicas de prevenção a queimadas:
— Ao trafegar pelas estradas e rodovias, não lance pontas de cigarro pela janela do veículo, pois com a baixa umidade desse período, a vegetação seca se incendeia com muita facilidade.
— Ao realizar acampamentos, seja bastante cuidadoso na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só acenda as fogueiras após limpar bem o local, retirando completamente a vegetação em volta. Procure fazer sua fogueira em local aberto, como por exemplo, numa clareira ou à beira do rio, para que o fogo não prejudique os galhos e folhas das árvores que estejam em volta ou acima dela. Quando não for mais utilizar a fogueira, certifique-se que as brasas estão apagadas e resfriadas. Se possível, enterre o as sobras de material (carvão, brasas e cinza). Não jogue os restos da fogueira no rio. Nunca se ausente do acampamento, deixando para trás a fogueira acessa ou com torrões em brasa.
— Não jogue lixo por aí. As latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e acabar dando origem às queimadas.Não solte balões, além de perigoso é crime conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98). O balão pode cair aceso em florestas, residências e indústrias, produzindo grandes prejuízos patrimoniais, ameaça ao nosso meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco.
— Quando for realizar alguma queima controlada para renovo de pastagem ou para limpeza de alguma área, procure antecipadamente o Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais de Minas Gerais (Previncêndio), que é formada pelo Corpo de Bombeiros Militar, Instituto Estadual de Florestas, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Polícia Militar, Polícia Civil, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Prefeitura Municipal e parceiros privados.