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Profissionais de Odontologia da Prefeitura realizam curso de capacitação
23/03/2018
Em toda atividade odontológica, tão importante quanto o aprimoramento técnico e científico, é a conscientização dos riscos de contaminação durante o atendimento odontológico. A cada dia, pesquisas vêm demonstrando que, em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofisticados, esconde-se um universo de microrganismos patogênicos. Esta foi a tônica de uma capacitação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de São Sebastião do Paraíso voltada para os profissionais de odontologia.
O trabalho foi realizado em uma sala do setor de Ciência e Tecnologia, na manhã de quarta-feira, 21.Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), ¼ dos pacientes que vão aos consultórios levam consigo inúmeras doenças que podem ser transmitidas a outros ou ao dentista e sua equipe. Isso faz com que os profissionais de odontologia ocupem o terceiro lugar entre os infectados. Dentre as doenças, encontramos a catapora, conjuntivite herpética, herpes simples e zoster, mononucleose infecciosa, sarampo, rubéola, pneumonia, papilomavírus humano, HIV, tuberculose, além das hepatites tipo C e B, as quais os dentistas são, respectivamente, de 13 a 6 vezes mais suscetíveis de contrair.
Conforme a coordenadora de Vigilância, Débora Talita Dantzger Torresilha Vasconcelos, foi necessário realizar a capacitação para treinar os profissionais para a segurança deles e também dos pacientes. “Tivemos diversas abordagens em relação ao empregos dos equipamentos, a questão da biosegurança também foi outro tópico discutido, bem como a legislação aplicada aos consultórios para efeito de fiscalização e inspeção entre outros aspectos”, enumera. Todos estes assuntos foram tratados nas duas palestras realizadas que têm o objetivo da prevenção, segurança e a qualidade dos serviços prestados junto à comunidade.
O consultório odontológico é um ambiente altamente contaminado, seja por bactérias vindas da boca do paciente, pelas mãos dos cirurgiões-dentistas e assistentes, por gotículas eliminadas durante os procedimentos, pelo aerossol contaminante ou pelos instrumentos e equipamentos contaminados. É uma atividade que expõe os pacientes, a equipe, o próprio cirurgião-dentista e indiretamente seus familiares às mais diversas doenças infecciosas. Estes detalhes foram apontados na palestra de Patrícia Cristina de Paula Bícego. “Fizemos um trabalho de orientação sobre os riscos aos profissionais, os meios de se prevenir e evitar contaminação com alguma doença infecciosa”, comenta.
Ela ressaltou que foram passados lembretes e recomendações sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para diminuir os riscos. “O público alvo foram os profissionais da rede pública e tudo isso refletirá nos cuidados dos profissionais com atendimentos aos pacientes, onde há um ganho importante na relação ao processo de esterilização, ou na troca de equipamento de um paciente e outro, acrescenta.
A biossegurança nos consultórios odontológicos é mais valorizada a cada dia, seja para evitar a contaminação do profissional ou a contaminação do paciente. Trata-se de um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades e prestação de serviço visando à saúde do homem, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Este foi um dos enfoques abordados pela Fiscal Sanitária, Paula Maria Silva.”Quando falamos de Biossegurança Odontológica, tratamos mais precisamente, do conjunto de medidas criadas para evitar a contaminação no ambiente odontológico”, define.
Ela ainda abordou sobre as as dificuldades encontradas nos estabelecimentos de saúde e pontuou sobre as inadequações existentes quanto a legislação. “Abordamos sobre as formas corretas de tratamento, tanto para o paciente quanto para a equipe profissional. Existem pré-requisitos para que tudo seja feito corretamente, inclusive em relação às instalações físicas, desde o projeto arquitetônico até a manutenção dos equipamentos, além de toda a documentação exigida para um adequado funcionamento”, detalha. Sandra concluiu dizendo que o objetivo foi o minimizar riscos quanto as doenças transmissíveis e promover a qualidade do atendimento, prevenindo as mais diversas situações.