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Ouvidoria Municipal


Estudantes participam de curso de pós-graduação

16/03/2018

Estudantes e professoras da E. M. Campos Amaral foram personagens e ao mesmo tempo autores de projetos desenvolvidos pelas alunas no curso de pós-graduação em Teorias e Práticas da  Alfabetização da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). Foram desenvolvidos três projetos distintos onde se trabalhou a multidisciplinaridade dos conteúdos apresentados. “Posso assegurar que o resultado surpreendeu as nossas expectativas pelo grau de aprendizado e o envolvimento não só das crianças, mas foi um ganho coletivo que teve abrangência além dos portões da nossa escola”, avalia Elainy Cristina dos Santos Lisboa, coordenadora pedagógica na rede municipal de ensino em São Sebastião do Paraíso.

Entre as atividades do curso de pós, as professoras desenvolveram um projeto com um plano de ação a partir de um tema escolhido utilizando as normas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Os trabalhos realizados eram registrados em um diário de bordo e encaminhados à tutoria do curso. A professora Larissa Marcomini Pedroso escolheu o tema Ciências Naturais para trabalhar com seus alunos do 3º ano do ensino fundamental. “Abordamos a questão da higiene que integra o planejamento de Ciências, Geografia e História, mas encaixamos também aspectos ligados a Língua Portuguesa  e a Matemática”, explica.

Larissa enfatiza que foram apresentados diversos gêneros com questões informativas. “Fomos aprendendo juntos, inclusive a utilizar o dicionário, pois, haviam palavras novas. Culminamos com a produção de texto sobre o que eles haviam aprendido”, relata. O ponto alto do trabalho foram as experiências que possibilitaram aos alunos acompanharem o desenvolvimento de bactérias e fungos na gelatina em potinhos. “O objetivo geral foi de promover a informação sobre a necessidade  de se praticar os hábitos de higiene como lavar as mãos, os alimentos para evitar doenças. Constatamos que ele absorveram muito bem o conteúdo”, diz.

"A Grande Aventura de Ler" direcionado para os contos de encantamentos foi a área escolhida pela professora Lúcia Guimarães, para o trabalho com seus alunos. “É um tipo de texto que as crianças se identificam muito com os personagens, as emoções, os conflitos. Tivemos 10 ações trabalhadas em etapas com roda de conversa, oficinas, contações de histórias e produção de contos, além de momentos de leitura”, enumera. No final foi criada a árvore dos contos e também houve a apresentação teatral onde as crianças vivenciaram personagens dos livros como a Cinderela, Soldado de Chumbo, Chapeuzinho Vermelho entre outros.

Com a presença de Reginaldo Silva, diretor da editora Panini, foi realizada a inauguração da Gibiteca Magicteca. O nome do espaço originou-se de um concurso realizado entre os alunos e vencido pela estudante Ísis Colombarolli, do 4º ano matutino. A escolha foi definida em eleição com participação dos alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Os gibis também tem magia”, justifica Ísis “Trabalhamos os argumentos para se produzir um conto, tivemos muitas respostas interessantes, abrimos o leque par conhecimento de novas histórias como "A Moura Torta" de Pedro Bandeira, "As Doze Princesas Bailarinas" e atuamos nos vários eixos da Língua Portuguesa e outras disciplinas foi maravilhoso”, define.

A dengue e as doenças também causadas pelo mosquito Aedes Aegypti como o zica vírus, a chikungunya e a febre amarela, foram temas trabalhados pela professora Elainy Lisboa. “Usei os referenciais de ciência e os temas transversais e a conclusão, um show”,descreve. Ela afirma que os alunos fizeram pesquisas, produção e revisão de textos, retomaram o hábito dos rascunhos e utilizaram em sala os diferentes tipos de mídia como computador, data show, lousa digital.

De acordo com ela, os alunos após aprenderem sobre a febre amarela passaram a ser defensores dos macacos. “Eles ficaram sabendo como se procede com o macaco morto que é encontrado aqui e é encaminhado para exames até o resultado final”, descreve. Também estudaram a mosquita que se alimenta do néctar das plantas, que pica e fica vermelha quando em época de procriação, utilizando-se do sangue para fortalecer os ovos. “Atualizamos os cartões de vacina e mesmo terminado o projeto faremos uma visita a Posto de Puericultura para conhecermos o local e o seu funcionamento”, diz Elainy.

Ainda foram realizadas várias palestras com os coordenadores de zoonoses do Município. “Tivemos muita participação, trabalhos em grupos com muita interação. Nas apresentações eles se superaram demonstrando todo o aprendizado, um ajudando o outro, foi espetacular”, avalia. Elainy destaca também que o envolvimento da comunidade escolar, dos pais e da sociedade foi outro aspecto positivo. “É algo que eles vão levar para a vida toda e isso terá reflexos positivos partir de agora e para as gerações futuras em nossa sociedade”, anuncia.

Satisfeita com o resultado final as professoras comemoram além das boas notas que tiveram, o grau de aprendizado dos alunos em cada proposta de trabalho apresentado. “É altamente compensador pela nossa dedicação, pelo empenho das crianças. Vale pelas noites mau dormidas, pelos fins de semana de folga que não tivemos, pela privação da família. Ninguém trabalha sozinho, a construção é coletiva, a conquista e a vitória também é de todos. O amor pela educação compensa tudo”, finaliza.