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Prefeito e diretoria da PECB discutem doação para o Sesc
30/01/2018
No final da tarde desta segunda-feira, 29, o prefeito Walker Américo Oliveira recebeu em seu gabinete representantes da Praça de Esportes Castelo Branco (PECB), entre eles o presidente Rubens Tomás, o presidente do Conselho, Washington Zanin e o sócio benemérito, Edson Ferreira da Silva. A reunião tratou da doação da Praça de Esportes para a implantação do Serviço Social do Comércio (Sesc), conforme projeto de lei de autoria do Executivo Municipal que tramita na Câmara. O encontro também contou com a participação do secretário municipal de Esportes, Tomás Martins e o procurador do Município, Túlio Márcio Colombaroli.
De acordo com o prefeito, a intenção é esclarecer todas as dúvidas da diretoria da Praça de Esportes e de seus associados com relação ao processo de transição. Ele explicou que esteve em Belo Horizonte, logo após o seu ingresso na Prefeitura, para saber se a obra do Sesc, que foi iniciada em uma área de 150 mil m² no Jardim Mediterranèe e está parada há sete anos, teria continuidade. Na época, o presidente da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio) disse que a obra não teria prosseguimento, devido à mudanças no projeto e dificuldades de capitalização de recursos, mas afirmou que a instalação da unidade em Paraíso seria possível se a Prefeitura disponibilizasse de uma área menor.
O projeto do Sesc previa a construção de um centro de qualificação profissional, centro de saúde equipado, quadras esportivas, ginásio poliesportivo, parque aquático, piscina olímpica, centro de convenções, biblioteca, estrutura de lazer e de hospedagem, entre outras instalações. Pensando em proporcionar bem estar, cultura, educação, esporte e lazer com a vinda da unidade para o município, a Prefeitura ofereceu a Praça de Esportes Castelo Branco. Atualmente, o clube conta com um quadro reduzido de apenas 180 associados, que não consegue mantê-lo. Por conta disso, o município acaba arcando com cerca de R$ 100 mil por ano, para custear despesas como água e energia elétrica.
Em março do ano passado, representantes do Sesc estiveram em São Sebastião do Paraíso e aprovaram o imóvel, estimando que um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões deverá ser feito no local para a implantação da unidade.
Para o presidente, Rubens Tomás, a PECB é um patrimônio do município e, por isso, a Prefeitura deveria dar oportunidade para algum empresário fazer investimentos a fim de reerguê-la, ao invés de fazer a doação para uma autarquia federal mantida pelos comerciários.
O secretário de Esportes, Tomas Martins, lembrou que antigas diretorias deixaram que o clube chegasse ao estado de abandono que se encontra, com dívidas trabalhistas que não tem como ser pagas. Segundo ele, várias tentativas já foram feitas para que empresários assumissem a Praça de Esportes, porém, todas frustradas. “A oportunidade de repassar a PECB para o Sesc resolve a questão do município, que não consegue manter o local, e também irá possibilitar que a população volte a ser atendida, assim como acontece nos Sesc´s instalados por todo Estado, com grande movimento de crianças, jovens e adultos que usufruem dos projetos oferecidos”, disse.
O prefeito disse que Praça de Esportes deixou de prestar serviços à população há muito tempo e acredita que o Sesc não pagará indenização pelo o que foi construindo nela até agora, como os membros da diretoria estão pleiteando. “A Praça de Esportes está totalmente depreciada e a Prefeitura não tem recursos para reerguê-la. Nós temos que pensar no retorno que o Sesc dará ao município, atendendo a coletividade. Isto, com certeza, é muito maior do que o retorno financeiro que os representantes da Praça de Esportes estão pleiteando”, comentou.
Walker adiantou que a diretoria do Sesc confirmou a manutenção dos projetos que funcionam atualmente na PECB, como futebol, basquete e o Vida Ativa na Melhor Idade. Ele disse que também está garantida a absorção dos associados da Praça de Esportes, com a condição de que eles continuem pagando a mensalidade estipulada. Além disso, mesmo que a pessoa não seja do comércio, ela terá a oportunidade de fazer parte do quadro de associados do Sesc.
O procurador do município, Tulio Colombaroli, explicou que consta no convênio a cláusula de devolução ao município, caso o Sesc não inicie as obras no prazo de um ano e não haja a conclusão dela no prazo de dois anos.
Após os trâmites de documentação, a Prefeitura pretende se reunir com a diretoria do Sesc e da Praça de Esportes para outras tratativas.