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Chuva e Dengue: Vigilância alerta para cuidados

09/01/2018

O Departamento de Vigilância Ambiental de São Sebastião do Paraíso alerta a população para ficar atenta nesse período de chuvas, a fim de evitar possíveis criadouros do aedes aegypti dentro de suas residências. Além de garrafas, pneus, e vasos de plantas, as piscinas, caixas d’água, reservatórios, calhas, lages, bebedouros de animais, vasos sanitários e ralos em desuso também são considerados criadouros em potencial. Se os moradores não se atentarem, aqueles mosquitos que nasceram em outros locais podem desovar em suas residências, propiciando o nascimento de novos mosquitos.

Daniela Cortez, coordenadora da Vigilância em Saúde, ressalta que se a pessoa for viajar durante as férias, é interessante fazer uma revisão em casa, no jardim e quintal para retirar ou tampar tudo aquilo que pode acumular água e propiciar a proliferação de mosquitos. “É importante que a população entenda que a responsabilidade pelo controle e eliminação dos vetores não cabe somente ao setor público, e não é a dedetização que vai fazer com que diminua a população de mosquitos. Os inseticidas utilizados na dedetização são responsáveis pela eliminação das formas adultas do mosquito e não têm poder residual, ou seja, elimina somente aqueles insetos que entrarem em contato com o produto no ato da dedetização”, explica.

Entre os dias 08 e 12 de janeiro, será realizado o primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. Os 30 servidores do setor estarão envolvidos nas vistoriais, totalizando aproximadamente 3750 imóveis a serem pesquisados para direcionar os trabalhos de ações de controle para as áreas mais críticas, como mutirões, vistorias mais detalhadas, entre outras medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. “Todos os agentes estarão uniformizados, com crachá e a bolsa, mas se mesmo assim a população tiver dúvidas sobre a identidade do agente, pode pedir o nome dele e ligar para o departamento, no 3539-1040, e confirmar. A forma mais eficiente de controle continua sendo a eliminação dos possíveis focos de proliferação, uma vez que impede que o ciclo biológico do vetor se perpetue”, destaca Daniela.

Os estratos com índices de infestação predial inferiores a 1%, não apresentam risco. Já aqueles com índice de infestação entre 1% e 3,9% são considerados em situação de alerta. Considera-se o risco de surto de dengue quando o índice de infestação é maior que 4% dos imóveis pesquisados. Em outubro de 2016, o índice de infestação do município foi de 0,9%, o menor desde que o LIRAa foi implantado, em 2014.

No ano passado, o município teve 94 notificações de dengue, sendo que 19 casos foram confirmados, 63 descartados e 12 estão aguardando resultados do laboratório. “Em 2017 houve uma queda de 95% nos casos de dengue em Minas Gerais, mas por outro lado, aumentou o número e notificações e casos confirmados em um período inesperado, que é o da seca, entre agosto e setembro. Esta variação nos deixa em alerta. Por isso, a prevenção com o envolvimento da toda população é tão importante para mantermos os índices do nosso município dentro da normalidade”, finaliza a coordenadora.

 

  1. LIRAa
  2. Primeiro LIRAa de 2018
  3. Primeiro LIRAa de 2018