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Órgãos públicos encerram Semana da Consciência Negra
29/11/2017
Durante a Semana da Consciência Negra, que antecede a data celebrada nacionalmente no dia 20 de novembro, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e outros órgãos públicos de São Sebastião do Paraíso promoveram eventos e exposições, combatendo o racismo e ressaltando a importância da cultura e do povo negro para a sociedade.
No CMEI vereador Antonino José Amorim (Vila São Pedro), os alunos confeccionaram cartazes após ouvirem histórias voltadas à cultura africana. Foram trabalhadas diversas literaturas como “A Bonequinha Preta”, “Menina Bonita do Laço de Fita”, “A Ovelhinha Negra”, entre outras. Já no CMEI Emiliana Ferreira de Souza (Rosentina), além da leitura de histórias relacionadas ao tema, os alunos produziram bonecas abayomi — símbolo de resistência das escravas africanas. As bonecas são confeccionadas em retalhos de tecido, sem costura. Eram feitas pelas escravas, que rasgavam o tecido de suas saias para montar as bonecas apenas com nós ou tranças nos navios negreiros e nas senzalas.
Segundo a diretora Valéria Tubaldini, o objetivo dos trabalhos foi abordar a diversidade de raças, a valorização da cultura, o respeito pelo próximo e pelas diferenças. “Esta iniciativa é importante para que as crianças aprendam desde cedo a valorizar o negro na sociedade e sejam multiplicadores no combate ao racismo, que ainda é tão forte no nosso país”, disse. A Semana da Consciência Negra foi lembrada também na Biblioteca Municipal professor Alencar Assis (centro), que recebeu uma decoração especial que valoriza o negro e sua cultura.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social também promoveu, durante a semana comemorativa, rodas de conversa sobre o tema com crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), incluindo o núcleo de Guardinha. A convite da coordenação dos CRAS, a cientista social, Eloíse Iara David, levou informação e promoveu o debate sobre a luta dos negros, que são a maioria das vítimas da violência nas cidades brasileiras e os que mais sofrem com a pobreza e com as desigualdades de oportunidades. Com esta atividade, as crianças refletiram sobre a importância de superar esta histórica desigualdade racial no país. O tema ainda foi discutido no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), com jovens atendidos no local.
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