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Com base na abordagem Pikler, método que se apoia em princípios que valorizam a atividade autônoma da criança, em momentos fundamentais da educação do bebê, o Centro Municipal de Educação Infantil vereador Antonino José Amorim, no bairro Vila São Pedro em São Sebastião do Paraíso, foi o vencedor do Prêmio Gestão Escolar 2017, que contempla projetos inovadores e gestões competentes na Educação Básica da rede pública. De acordo com a diretora, Ana Maria Costa Heto, o CMEI foi escolhido como Escola Destaque na etapa local, que abrange todos os municípios atendidos pela 35ª Superitendência Regional de Ensino. O concurso ainda possui as etapas estadual, regional (sudeste) e nacional.

O prêmio Gestão Escolar está em sua 16ª edição e é uma promoção do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o Ministério da Educação. O objetivo da premiação é estimular que escolas públicas mostrem o desenvolvimento de suas gestões, além de incentivar o processo de melhoria contínua na escola, pela elaboração de planos de ações, tendo como base uma autoavaliação. O CMEI concorreu com 16 municípios da região, envolvendo 800 escolas e recebeu R$ 10 mil. A diretora agradeceu o trabalho de toda a equipe, bem como a Secretaria Municipal de Educação, que apoiou esta metodologia aplicada por ela desde 2003.

“A escola foi selecionada por apresentar uma gestão eficiente e democrática, por  possuir mecanismos de integração com a comunidade local e uma proposta inovadora no trabalho com as crianças de 0 a 3 anos”, explica Ana. A nova proposta tem como foco essencial uma rotina de cuidados especializada, amorosa e respeitosa e a liberdade para o bebê desenvolver as suas atividades e a motricidade livre. “No relacionamento da criança com o seu cuidador, o apego constitui elemento fundamental na abordagem”, completa.

Desenvolvido pela médica húngara Emmi Pikler, essa abordagem sugere a importância da autonomia das crianças e de suas primeiras experiências – mesmo que seja no cuidado e nas relações cotidianas, como o momento de trocar a fralda, de tomar banho e de se alimentar. Isso permite que ela possa se desenvolver em seu próprio ritmo, sem ser apressada pelos pais. Sozinha, ela começa a se dar conta de que suas ações geram consequências e aprende a lidar com isso de maneira natural.

“Essa abordagem trata a criança como pessoa através dos detalhes”, comenta Ana. Surgiu como uma prática pedagógica, logo após a II Guerra Mundial (1946), em uma instituição de acolhimento como uma resposta positiva à adversidade. Nela, as crianças são motivadas, por natureza, a pesquisar, a descobrir e aprender. O essencial é oferecer vivências, tanto educacional quanto sociais, promovendo um olhar sensível na maneira como vemos e atuamos com elas.

fotos: Denis Menez