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Município apresenta resultados otimistas na Saúde
07/04/2017
O secretário municipal de Saúde, Wandilson Aparecido Bícego, apresentou um relatório sobre os primeiros 100 dias da sua pasta nesta administração. O setor foi um dos que apresentou as mais altas dívidas herdadas do governo anterior, sendo a área financeira a que apresenta maiores desafios com pagamentos pendentes a hospitais, empresas, laboratórios e fornecedores diversos, fazendo com que a população ficasse desassistida por um longo tempo. “Aos poucos estamos conseguindo colocar a casa em ordem, acertando as demandas que ficaram represadas; avançamos bastante no solucionamento destas questões, mas, ainda falta muito por fazer para chegarmos ao ponto que queremos”, disse.
A partir de números apresentados por uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Wandilson aponta para a situação financeira de Minas Gerais. “Nosso estado está em segundo lugar entre os piores no Brasil e perde apenas para o Rio Grande do Norte”, anuncia. Ele explica que o Governo de Minas Gerais possui uma dívida de mais de R$ 1 bilhão para com os 853 municípios, sendo que somente na nossa região, entre os 24 municípios, o débito é de R$ 39 milhões. “Aqui com o município paraisense o déficit é de R$ 7 milhões, sendo quase R$ 3 milhões com a Santa Casa e cerca de R$ 500 mil em medicamentos”, enumera.
De acordo com o secretário, não é questão de ficar lamentando sobre os problemas existentes, mas é necessário mostrar a realidade para que as pessoas tenham conhecimento de qual é a situação vivida e o quanto isto impacta nos trabalhos que são realizados. “Apesar de tantos desafios e dificuldades, nós estamos lutando e empenhando para oferecer o melhor atendimento”, diz. Ele aponta que, apesar de ainda não poder oferecer uma prestação de serviço da maneira que deseja, todo o trabalho vem sendo feito para que seja oferecido o melhor à população, na medida do possível.
O secretário ressalta que os resultados são frutos do trabalho e doação de toda a equipe de funcionários da Saúde que, desde o início da gestão estão se desdobrando para fazer a melhor prestação de serviço. “Estamos acertando as contas, repondo medicamentos. começaram a chegar as fraldas, reiniciaremos a distribuição do leite e resolvemos várias questões na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), assim como estamos fazendo as reformas nas Unidades de Saúde da Família (USFs) que estão todas sucateadas e desgastadas”, observa.
Para o prefeito Walker Américo Oliveira, a questão da saúde não deve ser tratada apenas como doença e, sim, vários fatores que se interagem. “Vai desde a boa alimentação, uma moradia, trabalho e educação; está tudo englobado no mesmo contexto”, define. Em relação a situação econômica do município, ele afirma que Paraíso, devido à dificuldade financeira toda que está enfrentando, foi necessária a adoção de várias medidas. “Fizemos a intervenção na Santa Casa, estamos reestruturando as USFs, o município vem fazendo o seu trabalho passo a passo levando a saúde para a população, procurando voltar a oferecer as boas condições de atendimento que tínhamos anteriormente na questão de insumos e, ao mesmo tempo, oferecer medicina alternativa à população, não buscando fazer a cura lá na ponta, o que fará com que tenhamos economia no final”, descreve.
Walker comenta que a UPA voltou a funcionar com as instalações de acordo com o que manda a lei. A Santa Casa também vem realizando um trabalho muito importante para a comunidade e o secretário de Saúde, além do trabalho sério, vem acompanhando todos estes fatores. Outro ponto positivo elencado por ele é o resgate do Consórcio Municipal de Saúde, que é trabalhado em conjunto com outros municípios vizinhos. “Este 7 de abril é um dia importante onde constatamos que estamos fazendo a nossa parte e procurando oferecer o nosso trabalho para que a população tenha melhor qualidade de vida e vida saudável”, comenta.
Conforme o secretário de Saúde, em um processo de autoavaliação e considerando o trabalho realizado no período, ele classificou como positivo e otimista o cenário para a saúde do município no momento. “Saímos de uma situação complicada e agora estamos organizando e otimizando a saúde de uma maneira geral, sem deixar de reconhecer que há muito pela frente e cientes que temos muito o que melhorar e, tudo isso, dependerá da situação econômica e financeira do município, mas estamos avançando para melhor, buscando uma condição de estabilidade no setor”, avalia.
O prefeito também enfatiza o esforço de todos os funcionários para a melhoria no setor. “Estamos procurando fazer mais com menos. A dificuldade financeira é de conhecimento de todos, não só em nossa cidade, mas em todos os municípios, mesmo assim estamos tentando levar resolutividade à população dentro das condições que nos são permitidas. A maior dificuldade, que são as dívidas com fornecedores com prestadores de serviços, nós parcelamos os valores, estamos pagando e aos poucos está sendo oferecidos mais exames, cirurgias e todo o serviço à sociedade”, completa.
Mesmo assim o prefeito assegura que os cenários e as perspectivas são mais otimistas de que quando assumiu interinamente. “Já trabalhamos firmemente para chegarmos ao estágio em que nos encontramos agora, que é bem menos alarmante, mas o nosso propósito é fazermos ainda mais”, diz. “Ficamos limitados porque as responsabilidades do município estão aumentando, os repasses do estado só diminuem e isso dificulta para nós aumentarmos a nota de conceito, porque o recurso que poderíamos investir para melhorar a qualidade de vida, acabamos que tendo de usar para cobrir o déficit daquilo que a União e o Estado não nos repassam”, ressalta.
Ainda assim, a partir de abril, alguns atendimentos do Ambulatório Municipal serão retomados e é mais um ganho à população. “Vamos retomar o atendimento de algumas especialidades para poder oferecer melhores condições a população. É a saúde que avança junto com a administração”, finaliza.
Humanismo — No dia 7 de abril, quando se comemora o Dia Mundial da Saúde, o secretário Wandilson Bícego declara que tem a intenção de promover uma gestão compartilhada com a população. “Sabemos que é um direito de todos e uma obrigação da União, Estado e Município, mas estamos fazendo este chamamento para que a comunidade participe conosco através dos conselhos e órgãos colegiados nos orientando, cobrando o que não estiver de acordo, reivindicando e assim ajudar-nos a fazer uma gestão participativa”, diz.
Sobre o tema depressão refletido neste dia, o secretário aponta para a necessidade das pessoas agirem com mais humanidade e menos isolamento. “Temos uma patologia que vem agravando e levando as pessoas a óbito que é a depressão. Percebo que está faltando um carinho dentro de casa e as pessoas estão voltadas para outros mundos, o materialismo, até mesmo o convívio familiar e social está prejudicado e isso reflete na saúde das pessoas e no sistema de saúde pública”, assinala.
Wandilson acrescenta que é necessário mais carinho para com a população que está doente. “Uma palavra amiga pode até curar uma pessoa que está carente, precisando ser acolhida e este é o lema da nossa gestão, o acolhimento e o atendimento humanizado é o melhor remédio”.
A mesma situação foi encontrada na Saúde com os funcionários que estavam acuados, mal tratados e machucados. “Foi preciso fazer todo um resgate na confiança, na credibilidade e refazermos as relações em uma nova forma de gestão, oferecendo dignidade”, exemplifica. Em recente passagem pelas USFs, o secretário e o prefeito verificaram que a melhora na administração e o novo jeito de fazer gestão já se faz sentir nos funcionários. “Isso reflete no atendimento à população, que também está consciente e confiante na administração; assim, estamos conseguindo acalmar as pessoas e o trabalho conjunto de todos gera um comprometimento sem maiores desgastes, para que possamos melhorar e há muita coisa por ser feita”, conclui.
fotos: Denis Menezes