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Institucional 5


Prefeitura promove combate e conscientização à Tuberculose

23/03/2017

Nesta sexta-feira, 24, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, através da Secretaria Municipal de Saúde, promoverá ações relacionadas à data para conscientizar a população sobre as medidas de prevenção e o controle da doença. Além de uma blitz educativa com distribuição de material com dicas e informações sobre a doença, também haverá orientação nas Unidades de Saúde da Família (USFs). Transmitida pelo bacilo de Koch, a doença é combatida pela vacina BCG que deve ser ministrada nos primeiros anos de vida.

Em Paraíso, o Ambulatório de Infectologia programou um "pit stop" com a realização de panfletagem para a população. O evento acontecerá no cruzamento entre as ruas Placidino Brigagão e a Avenida Ângelo Calafiori, das 9h às 11h. Também, em todas USFs será realizado um trabalho de orientação e conscientização, alertando os usuários sobre as características da doença, bem como esclarecimentos sobre os procedimentos para o tratamento e a cura da enfermidade.

Somente no ano de 2016, o Ambulatório de Infectologia registrou em Paraíso o atendimento a 11 pacientes, que em média, foram tratados por seis meses. Destes, seis tiveram alta ainda no ano passado, enquanto três só em janeiro e outros dois serão liberados no decorrer deste ano. Em 2017 foram diagnosticados, até o momento, mais dois casos. Com o devido tratamento, as pessoas serão liberadas ainda neste ano.

Saiba mais — A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é considerada a doença infectocontagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se que, cerca de 30% da população mundial, esteja infectada, embora nem todos venham a desenvolver a doença. Para os especialistas, as pessoas se comportam como reservatórios do bacilo, ou seja, convivem com ele por não conseguir eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, passarão a ser infectantes.

A primeira infecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez. A proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados, favorecem o contágio. O bacilo de Koch é transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse. Para que a primeira infecção ocorra, é necessário que ela chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece. A partir dos alvéolos, porém, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios, órgãos de defesa do organismo.

A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula em que está fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão reage a essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e sangue. Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges, entre outros.

Sintomas e recomendações — Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da tuberculose. Nos casos mais avançados, pode aparecer escarro com sangue. Pessoas com esses sintomas associados ou isoladamente devem procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é gratuito e deve ser iniciado imediatamente.

Recomenda-se a não suspensão do uso da medicação antes do prazo previsto. Parar no meio do caminho, com certeza irá selecionar uma colônia de bactérias resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil a cura. A desnutrição, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e de medicação imunossupressora aumentam o risco de contrair a doença. Familiares e pessoas próximas aos infectados devem manter certos cuidados básicos como forma de afastar o risco de contágio durante a fase inicial da doença.

Os médicos alertam que pessoas portadoras do vírus HIV e de doenças como diabetes, por exemplo, podem desenvolver formas graves de tuberculose. Por isso, devem manter-se sob constante observação médica. Contra a Tuberculose existe a vacina BCG que deve ser administrada antes dos cinco anos. Posteriormente realiza-se o teste de Mantoux, ou PPD. Caso não apresente reação, a recomendação é de que deve ser vacinado em qualquer faixa de idade.