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Institucional 5


Paraíso em alerta contra a febre amarela

18/01/2017

Não bastando a preocupação da população com doenças como Dengue, Chikungunya e Zika, agora o cidadão tem que se preocupar também com a Febre Amarela. A doença voltou ao centro das atenções quando a mídia nacional divulgou diversos casos suspeitos no Estado de Minas Gerais, mais especificamente na zona rural de 15 cidades da região leste do Estado. A doença é causada por um vírus encontrado em macacos e transmitida, na zona rural, pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nas cidades é o Aedes aegypti, o mesmo mosquito que causa a dengue, chikungunya e zika, que pode transmitir a doença, mas só se picar alguém que foi infectado na zona rural.

Apesar dos casos terem ocorridos na zona rural, a população que reside na área urbana está preocupada e, em São Sebastião do Paraíso não é diferente. Devido à grande procura, os estoques de vacinas chegaram ao fim, embora já está previsto para serem normalizados a partir do dia 24 de janeiro.

O médico Daniel Tales de Oliveira explica que não há motivo para pânico no município. “Com a vacinação em massa desde a década de 50, a febre amarela é considerada controlada no país. A vacina é oferecida regularmente durante todo o ano nos postos de vacinação, mas as pessoas se esquecem de atualizar o cartão”, comenta o médico. 

Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomenda que sejam vacinados preferencialmente, a pessoas que vivem em áreas rurais dos municípios com casos suspeitos, ou que irão viajar para essas áreas endêmicas e também as pessoas que nunca se imunizaram contra a doença. O médico Daniel ressalta que Paraíso não é área endêmica e o que pode acontecer é alguma pessoa que não tenha sido vacinada, viajar para essas áreas, ser contaminada pela doença e voltar ao município. “Aqui, o mosquito Aedes pica o doente e começa a contaminar outras pessoas; apesar do último caso de febre amarela urbana ser muito antigo, já é um motivo para ficarmos alertas e principalmente evitarmos o foco do Aedes”, comenta o médico. É bom lembrar que a vacina começa a fazer efeito 10 dias depois de aplicada e uma segunda dose (reforço) é indicada conforme orientação dos profissionais.

Sobre os sinais e sintomas, geralmente, os primeiros são fracos, mas as primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. Se houver histórico de viagens à regiões endêmicas e presença destes sintomas, a pessoa deverá procurar o Pronto Atendimento imediatamente. Os cidadãos que tenham alguma dúvida deverão procurar os postos de vacina, munidos do cartão de vacinação  ou através do telefone 3539-1080 (das 8 as 15h30).