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Educadores municipais participam de workshop de Libras

16/12/2016

Funcionários que atuam na Secretaria Municipal de Educação participaram no último fim de semana, 10 e 11 de dezembro, no hotel BM Palace, de um Workshop de Libras ministrado pelo professor Alexandre Elias. Idealizado pela Coordenadora de Inclusão e Diversidade da rede municipal de ensino, Jeane Tenório de Araújo, o objetivo do evento foi fazer uma apresentação inicial sobre o que é a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a importância do seu aprendizado na sociedade, e especialmente, na rede municipal de ensino. Ao todo, 35 pessoas participaram do curso, sendo 23 da rede municipal.

A Libras e outros recursos de expressão a ela associados são reconhecidos como meio legal de comunicação e expressão. Sendo assim, o artigo 2º da Lei Federal 10.436 diz que “deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil”.

Desde 2002, Libras é reconhecida como a segunda língua do nosso país, destaca o professor Alexandre Elias. “Temos mais de 10 milhões de surdos entre nós, transitando em locais que frequentamos,  como órgãos públicos, comércio, entre outros. Podemos nos encontrar com essas pessoas a qualquer momento e nos cabe, primeiramente, um processo de reflexão, de perceber que o outro precisa de uma predisposição nossa de aprender a nos comunicar com eles”, reflete.

Para Alexandre, hoje, temos várias realidades nas salas de aula regulares de atendimento educacional especializado, e as  salas de recursos, onde são trabalhadas as aptidões, mas é preciso avançar. “Neste espaço, trabalhamos com o  conhecimento e as dificuldades que esses alunos venham a ter dentro da aula regular. Mas, o educador precisa agregar mais conhecimento, para expandir todo o processo pedagógico e o aprendizado”, falou.

Para o professor, o processo de inclusão vem para abrir as portas da escola para todas as pessoas sem distinção nenhuma, tenham elas deficiência ou não. “Porém estamos ainda engatinhando nesse processo, porque não é simplesmente possibilitar uma sala ou um intérprete para aquele determinado surdo dentro da sala de aula, ou uma máquina braile. A acessibilidade transpassa isso. Não são só aparelhos, as partes concretas. A escola tem que, na verdade, num todo, através de sua gestão, democrática valorizar e capacitar os seus profissionais”, enfatizou.

Ele destacou, também, a importância de todos os servidores e comunidade escolar estarem atentos à inclusão. “O aluno está inserido dentro de um núcleo escolar, onde temos merendeiras, serviçais, secretárias, entre outros. Fui aluno e ainda exerço a função de educador. Sei que a vida escolar não é somente ficar entre quatro paredes, em uma sala de aula. Existe o horário da interação, o intervalo, a atividade física na quadra, as atividades culturais. Daí nos perguntamos: o que a escola proporciona como método de inclusão? O que a escola está fazendo para que esse aluno, esse educando, realmente possa encher o peito e dizer: sou uma pessoa de fato inclusa aqui dentro e tenho os meus direitos assegurados! Então, não é apenas um recurso, temos que pensar um pouquinho além do óbvio”, alertou.

Alexandre finalizou, lembrando que é preciso que as pessoas  tenham  vontade e  ânsia para todos os dias buscar algo a mais. “Em se tratando de Libras, sempre temos mais a aprender. É um processo contínuo, a gente nunca atinge a plenitude do conhecimento em Libras, porque é uma língua e, todos os dias, agregamos conhecimento maior. Parabéns a todos os educadores aqui presentes hoje buscarem mais saber e compreensão”.

fotos: Susana Souza