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Empresa realizará programa de educação ambiental
16/11/2016
A Cantareira Transmissora de Energia S.A., uma das responsáveis pela construção da linha de transmissão de energia elétrica entre as estações de Estreito, em Ibiraci (MG) e Fernão Dias, em Atibaia (SP), cujo o trecho cortará São Sebastião do Paraíso, realizará um programa de educação ambiental no município. Para isso foi contratada uma terceira empresa, a Ecology Brasil, que iniciou nesta semana um trabalho de coleta de informações junto a Prefeitura. "Tivemos este primeiro encontro com representantes de vários setores da nossa cidade onde foi iniciado um diagnósticos de pontos positivos e negativos que a empresa pretende trabalhar, não só em Paraíso, mas em todos os municípios da região cortados pela rede de transmissão", comenta a secretária municipal de Meio Ambiente ,Yara de Lourdes Souza Borges.
O encontro foi realizado na quarta-feira, 9, na sala de reuniões da Prefeitura de Paraíso e contou com a presença das secretárias de Meio Ambiente Yara de Lourdes Souza Borges e de Educação, Maria Ermínia Preto de Oliveira Campos. Também participaram o engenheiro agrônomo João Bosco Minto, da Emater; o presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema), Paulo de Tarso e o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (Comders), Edivino Miguel de Souza. Os trabalhos foram conduzidos pelo gestor ambiental José do Tito do Amaral e pela bióloga educadora ambiental Flávia Ottoni, funcionários da empresa Ecology Brasil.
Durante a reunião foi anunciado que será realizado no próximo ano ano em Paraíso e nos municípios da região cortados pela linha de transmissão de energia da Cantareira, um Programa de Educação Ambiental. No entanto, o primeiro passo a ser desenvolvido é a elaboração de um diagnóstico em cada cidade com a descrição das potencialidades e carências existentes em cada município sobretudo no setor ambiental. Também será realizado em 2017 um curso gratuito de formação com 60 vagas na área de meio ambiente, destinado principalmente para representantes da área ambiental.
Sobre o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), foi realizado um levantamento de informações preliminares das potencialidades e carências existentes no município em relação ao meio ambiente. Para o agrônomo da Emater, João Bosco Minto, a implantação da rede de transmissão no município já é uma realidade. "Eles estão preocupados com a degradação que poderá ser causada no meio ambiente e vão desenvolver um plano de recuperação da área degrada. Fico satisfeito em saber disso, porque são poucas as empresas que tem esta preocupação, muitos pensam apenas do desenvolvimento e esquece desta parte que também é muito importante", observa.
Para a secretária de Meio Ambiente, Yara Borges, a iniciativa é válida por permitir conhecer detalhes do município que são desconhecidos do dia a dia. "Tivemos uma troca de informações importantes, são detalhes que fazem parte da realidade da nossa comunidade e que nos levam a reflexão sobre diferentes pontos de vistas", avalia. Ela destaca que o município paraisense está saindo na frente neste levantamento de informações por já possuir uma série de informações mapeadas, o que irá favorecer o desenvolvimento do diagnóstico.
Na região — A linha de transmissão da Cantareira Transmissora de Energia S.A. é composta pelas empresas Copel Geração e Transmissão S.A. (49%) e Elecnor (51%), que conquistou o lote F do Leilão de Transmissão nº 001/2014, realizado no dia 9 de maio de 2014. O lote é composto por um circuito duplo de linhas de transmissão em 500 kV, que percorre os 328 km. O empreendimento abrange as subestações Estreito, em Ibiraci e Fernão Dias, em Atibaia, que corta 39 municípios sendo 15 em Minas Gerais e outros 24 no interior paulista.
São Sebastião do Paraíso está entre os municípios da região que serão cortados por um circuito duplo de transmissão de energia. A rede proveniente de São Tomás passará em bairros rurais como os Pimentas, Aberta Grande, Sapé, Distrito Industrial II, Taquaral, Marques e Machado e sairá em direção a Itamoji. Os proprietários destas áreas serão remunerados pelo uso da terra, sendo que o regime de servidão prevê a utilização de um espaço de 65 m de cumprimento.
A estrutura será construída em corrente contínua, ou seja, com subestações apenas no início e no fim da linha, o que diminui as perdas no transporte da energia. Além disso, terá 800 kV, o que oferece uma grande capacidade de transmissão de blocos de energia. As obras deverão ser entregues em setembro de 2020, cinco anos após a assinatura dos contratos. A estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que a construção do linhão gerará 15,4 mil empregos.
foto: Denis Menezes