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São Sebastião do Paraíso realizou na terça-feira, 6, uma grande festa para recepcionar a réplica da tocha olímpica. O evento ocorreu em função dos alunos da escola estadual Paraisense terem participado do projeto Transforma, da organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. A escola conquistou o terceiro lugar nacional ao concorrer durante 45 dias, em votação realizada na internet, com outras 770 escolas de 274 municípios em 19 estados brasileiros. "Foi sem dúvida uma grande festa que mobilizou toda a comunidade escolar, esportiva e a sociedade paraisense, que deu um belo exemplo de participação", disse o secretário municipal de Esporte e Cultura, Tomás Salviano Martins.

O desfile da réplica da tocha olímpica teve início às 8h saindo de frente da escola municipal Maria de Lourdes Dizaró (Caic). Durante o percurso de 9 km foram realizados 30 revezamentos entre os condutores, estudantes e atletas locais das mais diversas modalidades. A chegada foi em frente a escola Paraisense, onde houve uma grande festa com apresentações artísticas, queima de fogos, acendimento da pira olímpica, entre outras atrações que celebraram a conquista dos estudantes.

O desafio do programa Transforma foi lançado em outubro de 2015. A proposta era de que os estudantes construíssem réplica do símbolo olímpico, utilizando materiais selecionados pelos próprios alunos, acompanhadas de uma frase relacionada à paz, com o máximo de 140 caracteres e lançadas no Facebook. A escola Paraisense foi a primeira de Minas Gerais em número de curtidas, com 3.065 "revezamentos" (assim foram definidas as curtidas), ficando em terceiro no ranking nacional. As dez postagens mais curtidas saíram vencedoras. Na escola, o desafio foi abraçado pelo professor de Educação Física Murilo Pessoni Neves, que  formou um grupo de alunos que construiu uma tocha com materiais recicláveis como cabos de vassoura, madeiras e garrafas pet.

O diretor educacional da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de São Sebastião do Paraíso, Alípio Mumic Filho, que também participou do revezamento, afirmou que todos os setores da cidade se envolveram na recepção dos representantes do Comitê Olímpico, que chegaram com a tocha na cidade. “Foi um processo muito bonito e toda a comunidade está de parabéns por esta festa inesquecível".

Segundo o diretor da escola estadual Paraisense, Adilson Luciano Pimenta Rezende, todos estão orgulhosos por esta conquista em nome da cidade. A mobilização foi intensa, com a criação de grupos de apoio nas redes sociais, visitas para pedir apoio a outras escolas que não participavam do desafio e divulgação nos meios de comunicação da cidade. A frase elaborada com a contribuição da comunidade foi: “Que os ideais do olimpismo transformem o Brasil e o mundo, levando a todos uma mensagem de paz”.

Novo desafio

A escola Paraisense está inserida na segunda fase do Projeto Transforma. Desta vez, os estudantes foram estimulados a criarem uma bandeira da paz. Intitulado “Trégua Olímpica – Eu Construo a Paz!”, o desafio é um concurso cultural exclusivo para escolas do ensino fundamental e médio de todo o Brasil. Novamente a população paraisense pode participar votando através da internet e possibilitando que a escola novamente possa ser vitoriosa. "Estamos fazendo este chamamento para que  as pessoas visitem o site e votem na escola Paraisense para, quem sabe, obtermos esta conquista e termos uma nova festa na nossa cidade", disse o secretário Tomás Martins. A votação poderá ser feita no endereço eletrônico: www.desafiotransforma.com.br/escolas/paraisense.

A proposta do Transforma é oferecer informação, orientação e inspiração para que todas as escolas do País criem e desenvolvam aulas e atividades que integrem os Jogos Olímpicos e seus valores na rotina escolar. A implantação do Transforma no sistema de ensino estadual apresenta-se como uma ação de legado, proposta pelo Núcleo de Articulação Minas 2016 para a realização dos jogos. Em parceria com as escolas, o programa oferece material didático de referência sobre a movimentação Olímpica e Paralímpica, além de sugerir experimentações, nas unidades de ensino, de esportes menos conhecidos. É uma condição do Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para as cidades-sede dos jogos como garantia de legado social do evento.