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Nos dias 24 e 25 de junho foram realizadas com muito sucesso as festas juninas do Centro de Atenção  Psicossocial (Caps) mantidos pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso. O primeiro evento realizado no Caps Paraíso reuniu cerca de 300 pessoas e também no Caps Vitória mais de uma centena de participantes movimentaram a festança. "Importante destacar que a convivência saudável com a participação das famílias e das pessoas da comunidade é fundamental para a recuperação dos nossos pacientes", comenta a coordenadora do serviço, Eliane Matheus Bonfante.

Nos dois eventos, a festa teve muita música e animação com a presença de Denis Lima & Banda e também do DJ Leandrinho, entre outras atrações que foram responsáveis pela animação musical. Além dos enfeites com bandeirinhas e fogueira, a festa teve comida e bebida típicas, como pipoca, canjica, bolos, bolachas, broas, além de vários outros quitutes, incluindo caldo para esquentar a noite gelada. Um dos momentos mais esperados da festa foi o casamento caipira que chamou a atenção dos participantes que, em seguida, puderam participar da dança da quadrilha.

Conforme a coordenadora, nos dois centros é realizado um trabalho de tratamento dos dependentes químicos. "Este tipo de evento é um meio de mostrar que as pessoas podem se divertir, elas podem dar risadas, brincar e serem elas mesmas, sem o uso de qualquer substância. Estes encontros são feitos para despertar nos pacientes a vontade de viver independente de qualquer tipo de droga", comenta Eliane Matheus.

Nas unidades do Caps existem calendários de datas comemorativas. "Isso é uma forma de integração, porque muitas vezes o dependente químico se isola da sociedade, do mundo. Nós fazemos questão de comemorar estas datas, lembrando o que isso significa e o quanto é importante. Estes eventos têm uma resposta positiva no tratamento", observa.

Conforme o psicólogo Wander Rezende Passos, do Caps Paraíso, este é um momento importante para o paciente. "Estes momentos alegres, a companhia da família, dos amigos a interação com a dança da quadrilha, junto com as oficinas e o trabalho que realizamos, ajudam no tratamento e na recuperação dos pacientes", observa. A opinião é compartilhada pela também psicóloga Marina Rogeri. "A família participa junto e vê o resultado do tratamento e o sucesso de cada um", disse.

Marciovani de Rezende é paciente do Caps e conta que só agora está tendo a possibilidade de participar de uma festividade desta sem o uso de qualquer substância. "A gente percebe que é possível divertir, sem usar nenhuma droga. A família, os amigos estão presentes e isto é o que mais incentiva a gente", comenta. Para a esposa dele, Marlei de Rezende, o momento é de intensa felicidade. "Está sendo excelente para o meu marido que está alegre, brincando e a gente vem apoiar", destaca. A filha, Marcela Rezende, diz que com os familiares próximos eles se sentem úteis, capazes, “além disso, nós precisamos deles, é uma interação e os resultados aparecem", afirma.

Outro paciente, Vitor Silva, opina que em três anos como paciente sempre participa das festividades. "Está tudo muito bom, é bom demais estar com os familiares e amigos nesta festa", comenta. João Dias Pereira é esposo de Vilma Rocha que faz tratamento no Caps. Ele também destaca que a sua esposa mudou muito de comportamento depois que passou a frequentar o Centro: "Com o auxílio do pessoal aqui, ela melhorou muito e, a gente procura estar junto para ajudar na medida do possível", conclui.