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Ouvidoria Municipal


Caps debate Saúde Mental em Paraíso

18/06/2015

A Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, através do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Paraíso e Vitória realizaram na segunda-feira, 8, a sétima edição do Seminário de Saúde Mental. O evento reuniu vários profissionais especialistas no setor e contou com a participação de mais de 100 pessoas presentes no Teatro Municipal Sebastião Furlan. Conforme Eliane Matheus Bonfante, chefe de Saúde Mental dos Caps do município, o encontro se transforma em um momento de reflexão. "Posso antecipar que superou as nossas expectativas, por nos fazer sair da rotina diária e focarmos novas ideias e conceitos", disse.

Após o credenciamento foi realizada a abertura com um pronunciamento da secretária municipal de Saúde e Ação Social, Dulcinéa de Freitas Barroso. Além de dar as boas vindas a todos os participantes, ela também compartilhou situações já vividas em família que se transformaram em momentos de superação. “Importante que tenhamos fé, pois nos piores momentos da vida é a nossa fé que nos sustenta", relata. Em seguida a secretária acrescentou que o ser humano é feito de fases, “como a lua e na fase minguante é preciso fé e força de vontade para encarar os problemas de frente”.  Após a fala da secretária foi exibido um vídeo.

A primeira palestra ministrada pelo médico psiquiatra do Caps Paraíso, Marcelino Henrique de Melo, tratou sobre "Doença de Alzheimer e outros transtornos mentais em idosos”. Ele abordou aspectos relacionados ao diagnóstico, as formas de convivência e os cuidados que se deve ter com o paciente que possui este diagnóstico. "À medida que a população vai envelhecendo este quadro tende a se tornar mais comum, mesmo com o crescimento da expectativa de vida", observa. Embora seja uma doença que não tem cura, a progressão pode ser adiada com medicação. "O apoio e a participação da família têm fundamental importância para que o paciente tenha melhor qualidade de vida", comentou o médico.

A segunda palestra da manhã foi realizada pelo médico Eduardo Villar Fonseca, psiquiatra do Caps Vitória e do Ambulatório Municipal de Saúde. Ele abordou sobre a maconha, mitos fatos e polêmicas. De maneira abrangente falou sobre a origem, os efeitos e tratamento das pessoas dependentes. Também se posicionou contrário à legalização e discriminalização. "Maconha não é remédio como se apregoa pela mídia", assegura. O assunto gerou amplo debate entre os participantes.

Já no período da tarde os trabalhos foram retomados com palestras realizadas pelo psicólogo do Caps Paraíso, Wander Rezende Passos, que abordou o tema “Despatologização da Vida”. Na sequência houve uma oficina de arte e expressão seguida da palestra “TOC: quando os rituais se tornam um transtorno”, ministrada pela Psiquiatra do Caps Paraíso, Gabriela Fossati Amaral. “Vida Psíquica: uma paleta de infinitos tons”, foi o tema da última palestra do evento, proferida pela psicóloga Kenia Maísa Peres. O encerramento ocorreu por volta das 16h30 minutos com uma confraternização entre os presentes.

De acordo com a coordenadora do seminário, Eliane Matheus, este encontro já acontece há vários anos. "Mais do que um momento de aprendizado, podemos fazer várias reflexões como os temas que foram abordados e aqui temos a resposta das pessoas, a visão pelo olhar de cada participante. Como o próprio tema diz, nem tudo é doença, a força de vontade faz a diferença", descreve. Ela avaliou que o seminário atingiu os objetivos propostos e relata: “Surpreendeu a participação das pessoas, isso é muito importante, ver as pessoas interessadas, compartilhando ideias e interagindo, superou as nossas expectativas".



fotos: Gustavo Cezarino