Página inicial

Notícias Navegar com Ícones

Aguarde, carregando...

Acesso a informação   Ouvidoria   Carta de Serviços ao Cidadão
    Alto Contraste  Instagram   Facebook
Institucional 5


Reunião em Paraíso debate Saúde Mental

18/05/2015

Nos dias 13 e 14 de maio, São Sebastião do Paraíso sediou reunião colegiada do percurso formativo da Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Representantes de vários municípios do grupo de Sorocaba/SP, juntamente com membro do Ministério da Saúde, debateram como o município está se preparando para ampliar a rede de assistência social. Paraíso também terá alguns eventos na próxima semana, como a caminhada em homenagem ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, agendada para segunda-feira, 18, com saída às 9h da Arena Olímpica.

A Rede de Atenção Psicossocial é instituída pela Portaria nº 3088, de 23 de dezembro de 2011. Ela dispõe sobre a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). São Sebastião do Paraíso integra o núcleo com sede em Sorocaba, que abriga ainda cidades como Rio Verde (GO), Ubá (MG), Juiz de Fora (MG) e o Estado do Acre. Desde 2014, mensalmente dois profissionais do setor em Paraíso vão ao interior paulista o­nde participam das atividades da rede.

Nesta oportunidade, são os representantes daquelas cidades que estão visitando o município paraisense para conhecer como está sendo desenvolvido o trabalho no Centro de Assistência Psicossocial (Caps) em Paraíso. Conforme Enrique Bessoni, assessor técnico e coordenador geral de Saúde Mental, Álcool e Drogas do Ministério da Saúde, estes encontros são parte integrante dos percursos que estão sendo percorridos. "Estamos aqui trocando experiências, aprendendo e verificando como a cidade está trabalhando na implantação desta política, como estão sendo desenvolvidos os compromissos propostos dentro deste projeto", comenta.

Bessoni explica que a partir dos encontros já realizados e também do desenvolvimento das estratégias de educação é que vão sendo montadas as estruturas de ações. "Existem as diretrizes gerais, mas cada município vai ter a sua dinâmica própria de acordo com a sua realidade", detalha. Ele adiantou que no próximo dia 24 de maio haverá mais um encontro em Sorocaba o­nde o projeto de desinstitucionalização está mais adiantado. Além dos centros de atenção em níveis de atendimento 24 horas, foram implantadas residências terapêuticas e uma série de outras medidas complementares foi acrescentada.

Conforme Daiane Arantes, que é a psicóloga do Caps de Paraíso e tem participado das atividades colegiadas, o projeto é bem abrangente. "Em Sorocaba já existe o Caps nível 3, que atende 24 horas, também há projetos de ressocialização através das residências terapêuticas, com acompanhamento e monitoração de profissionais do setor", explica. Para que a rede possa ser estabelecida há o envolvimento de vários órgãos que atuam em parceria como o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e as Unidades de Saúde da Família, além de hospitais e todos os núcleos que formam a rede.

O também psicólogo Wander Rezende Passos, que participa do projeto, afirma que o percurso é importante para o intercâmbio. "Acrescenta muito na forma de olhar diferenciada que se adquire, as diferentes medidas de tratamento. Estamos nos preparando e participando desta parceria de construção que demanda diálogo e estrutura de sistema de saúde para fazer as mudanças necessárias", avalia.

Caminhada

No próximo dia 18 de maio Paraíso fará uma caminhada em homenagem ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial. "Quando tratamos deste assunto, não é simplesmente fechar as instituições. Falamos em oferecer um tratamento aos pacientes com respeito e dignidade", diz Eliane Matheus Bonfante, coordenadora de Saúde Mental do Caps de Paraíso. Ela convida a todos para a caminhada que na segunda-feira, 18, sairá da Arena Olímpica às 9h e seguirá até a praça comendador José Honório (Matriz), o­nde haverá uma roda de viola com a participação dos integrantes dos dois Caps local.

Segundo a coordenadora, o assunto deve ser tratado como uma questão cultural que envolve o indivíduo paciente, a família e a sociedade. Também ao longo da semana acontecerão oficinas de integração. Três membros do Raps de Sorocaba estarão em Paraíso, juntamente com o representante do Ministério da Saúde que dará continuidade as ações do percurso formativo.

Ainda nesta semana foi realizado um curso para os internos do Caps, com o engenheiro agrônomo, Almir Claret do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Ele ministrou um curso sobre olericultura básica para o cultivo de hortaliças. "Eles estão assimilando muito bem o conteúdo preparado. Neste caso temos um público diferenciado, mas também atuamos como agentes facilitadores do aprendizado, com aulas teóricas e práticas e o aproveitamento foi além da expectativa", concluiu Almir.