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A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Sedeagro) recebeu na última terça-feira,14, a visita do professor Jefferson Luiz Gomes, pesquisador do Departamento de Ciência dos Alimentos, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que iniciou um trabalho de pesquisa sobre figo seco. Ele conheceu uma propriedade rural e uma indústria que trabalha com a produção de figo. “Nós estamos engajados neste projeto que visa a produção de alimentos, numa iniciativa que virá beneficiar o setor com o desenvolvimento de uma técnica que dará maior durabilidade à matéria-prima que temos aqui em nosso município”, explica o secretário Mauro Westin.

O pesquisador Jefferson estava acompanhado do cientista de alimentos Ronaldo Elias de Mello Júnior. Em companhia de Marco Aurélio Alves de Paula, assessor de Programas Agropecuários da secretaria eles visitaram uma propriedade rural e uma indústria que trabalha com o beneficiamento do figo verde. “Este é um trabalho que foi iniciado em 2012, através de um contato do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Depois em 2013 aqui na Sedeagro iniciamos esta parceria”, conta Marco Aurélio.

Eles estiveram na propriedade de Hélio Marcos Romualdo Santos, na região da Queimada Velha. A lavoura de figo está em fase de colheita e os pesquisadoras puderam conhecer as amostras da produção. Em seguida Jefferson e Ronaldo foram conhecer a indústria Tozzi instalada na mesma região do município que é grande produtora de figo em conserva. Os visitantes puderam acompanhar o processo de produção e detalhes sobre o fruto de maior e menor porte. Da primeira propriedade eles receberam 1.500 frutos que foram levados para avaliação e o mesmo ocorrerá em breve com o figo utilizado pela indústria que é de maior porte, que serão analisados.

De acordo com Marco Aurélio os pesquisadores gostaram de visitar a região e estão entusiasmados com o trabalho de pesquisa que está sendo iniciado. “A grande dificuldade é armazenar o produto no pós-colheita e a proposta é desenvolver o figo seco que terá maior durabilidade”, relata. Atualmente o figo é cozido e guardado em conserva. “O figo desidratado ocupa menos espaço, é mais refinado,agrega valor. Toda esta tecnologia será repassada aos nossos produtores”, informa o assessor.

A iniciativa da Prefeitura Municipal de São Sebastião do Paraíso através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário quer trazer desenvolvimento para a atividade e melhorar a renda dos produtores que são de origem familiar. O município possui 80 hectares de área plantada de o­nde anualmente é feita a produção de aproximadamente 960 toneladas de figo por ano. É um projeto desenvolvido em parceria com a UFLA, Associação dos Produtores Rurais da Queimada Velha, por intermédio da Sedeagro. O convênio celebrado entre as partes tem ainda a parceria da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) que está realizando investimento na pesquisa na ordem de R$ 103.950,00 no projeto que tem dois anos de duração.

Mauro Westin enfatizou que a secretaria está de portas abertas e engajada em participar do programas de médio e longo prazo para o desenvolvimento de alimentos como é o caso do figo seco. “Desde o contato inicial estamos à disposição com o propósito de ofertar o apoio que se fizer necessário aos produtores que serão beneficiados, junto com toda a comunidade”, completa.