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Ouvidoria Municipal


Novembro Azul é comemorado em Paraíso

08/12/2014

Depois das intensas atividades realizadas pelo setor Saúde da Mulher no mês passado, mais conhecido como “Outubro Rosa” por ocasião da conscientização da necessidade de mulheres acima de 40 anos realizarem o exame de mamografia, o mês de novembro foi adotado pelas Unidades de Saúde da Família de São Sebastião do Paraíso para realização das orientações para o público masculino.

Conhecido como “Novembro Azul”, em referência ao público masculino e ao incentivo à realização do exame de próstata, várias atividades foram desenvolvidas pelas 18 USFs e também no distrito da Guardinha.

Apesar do “Novembro Azul” remeter à prevenção do câncer de próstata através da realização do exame laboratorial (de sangue) conhecido como PSA (Antígeno Prostático Específico) e, também, ao exame clínico conhecido como toque retal, o foco da campanha no município foi bem mais abrangente e abordou assuntos como alimentação balanceada, importância da atividade física que, consequentemente, aumenta a qualidade de vida e assuntos paralelos à prevenção do câncer de próstata, mas que influenciam diretamente na prevenção da doença.

Para a secretária municipal de Saúde e Ação Social, Dulcinéa de Freitas Barroso, o “Novembro Azul” é recente em todo o país, embora seja tão importante como todas as comemorações referentes à prevenção e promoção da saúde. “Sabemos que o principal obstáculo que os homens enfrentam é o preconceito para realização do exame clínico (toque retal), e esse foi justamente um dos temas tratados com maior descontração, pois sabemos que o câncer de próstata, assim como a maioria dos cânceres, quando descoberto no início, tem cura, no entanto, temos fatores como prática regular de atividade física, boa alimentação, pensamentos saudáveis, entre outros, que influenciam diretamente na melhora da qualidade de vida do cidadão e esses temas foram amplamente abordados”, explica Dulcinéa.

As Unidades de Saúde deram um verdadeiro show de criatividade, oferecendo diversos tipos de interação com a população, desde a decoração azul com gravatas e bigodes enfeitando a estrutura das USFs à camiseta azul dos trabalhadores, além dos mimos oferecidos aos participantes das atividades, como gelatina e suco azul.

“O interessante foi que todas as USFs abraçaram essa causa de uma maneira tão intensa e criativa que só temos elogios aos profissionais que realizaram o evento e à população participante”, comentou Dulcinéa, que se encantou com as atividades desenvolvidas pela Atenção Básica. De acordo com os dados do Hospital Regional do Câncer de Passos, atualmente 104 homens de São Sebastião do Paraíso fazem tratamento contra o câncer de próstata na cidade vizinha.



Sobre o câncer de próstata

É o tipo de câncer mais prevalente em homens com mais de 50 anos. No passado, o diagnóstico costumava ser feito quando o tumor já invadia órgãos vizinhos ou formava metástases ósseas. A introdução do PSA e do toque retal rotineiro, nos anos 1990, permitiu identificar lesões em fases precoces e diminuir a probabilidade de morrer por complicações da doença.

Vale lembrar que a idade para iniciar os exames depende do risco de apresentar a doença. Aos 50 anos, nos homens de risco igual ao da média; aos 45 anos, naqueles que correm risco mais alto: descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau que receberam o diagnóstico de câncer de próstata antes dos 65 anos e, aos 40 anos, nos casos de risco muito alto: diversos familiares com câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos.

Nos casos em que os níveis de PSA estão abaixo de 2,5 ng/mL, o exame pode ser repetido apenas a cada 2 anos (ao contrário da repetição anual recomendada anteriormente). Quando os níveis estiverem acima desse valor, o exame deve ser anual. Quando o PSA está entre 2,5 e 4,0 ng/mL a conduta deve ser individualizada.

A biópsia deve ser indicada quando houver risco mais alto: ascendência negra, história familiar de câncer de próstata, idade mais avançada e toque retal alterado. Biópsia anterior com resultado negativo reduz, mas não elimina a possibilidade da doença.