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Profissionais se capacitam em saúde mental
14/04/2014
Diversos profissionais que trabalham no Sistema Único de Saúde (SUS) de São Sebastião do Paraíso receberam na manhã de quarta-feira, 9, uma capacitação sobre “Manejo em Transtorno Mental e Dependência Química”. O encontro aconteceu no Parque da Serrinha e foi organizado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
A capacitação reuniu cerca de 80 participantes, entre eles os profissionais de enfermagem das Unidades de Saúde da Família (USFs), do Pronto Atendimento Municipal, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), área administrativa da Saúde, toda a equipe multidisciplinar do CAPS Vitória e CAPS Paraíso, além de representantes da Guarda Municipal e Polícia Militar.
As palestras oferecidas foram em forma de estudos de casos e apresentação teatral sendo que o CAPS Vitória – AD (álcool e drogas), a enfermeira Gabriela Zanin, o médico Eduardo Villar Fonseca, a psicóloga Marina Rogeri e o educador físico Alexandre Antunes Martins explanaram sobre dependência relacionada ao álcool. Já os profissionais do CAPS Paraíso representaram um caso clínico em forma de teatro e a psiquiatra Priscylla Lemos Cançado falou sobre transtorno mental. O psiquiatra Marcelino Henrique de Melo explicou sobre transtorno mental e dependência química e a equipe também apresentou um teatro. A enfermeira Camila Barbosa Caetano falou sobre forma de contenção e explicou o G5, que nada mais é que um grupo de cinco pessoas treinadas para realizar contenção física e/ou mecânica de um paciente em crise que está oferecendo risco para si e/ou para terceiros. É importantíssimo ressaltar que a contenção é sempre realizada em último caso, sendo sempre antes tentado manejo verbal, ambiental e medicamentoso.
Para a secretária municipal de saúde, Dulcinéa de Freitas Barroso, a reunião de todos esses profissionais discutindo a consolidação da Política de Saúde Mental no município é muito válida tendo em vista que existem grandes desafios na operacionalização de uma rede de cuidados na área. “O modelo de política de saúde mental adotado pelo Estado atualmente não é mais hospitalocêntrico, ou seja, precisamos centrar o cuidado não só no doente, mas também na família, precisamos saber reconhecer as necessidades individuais e a melhor forma de trabalhá-las, desenvolver atividades que incluam a prevenção e a promoção da saúde mental, realizar práticas intersetoriais e desenvolver o exercício da cidadania. Esse tipo de atividade promovida pelo CAPS tende a fortalecer a rede de cuidados em saúde mental do município proporcionando mais qualidade ao paciente e segurança para sua família”, esclarece Dulcinéa.
Atualmente o CAPS Paraíso tem 2.140 pacientes cadastrados sendo realizados aproximadamente 60 atendimentos por dia. Já o CAPS Vitória conta com 509 cadastrados e 50 atendimentos/dia.