Página inicial

Notícias Navegar com Ícones

Aguarde, carregando...

Acesso a informação   Ouvidoria   Carta de Serviços ao Cidadão
    Alto Contraste  Instagram   Facebook
Institucional 5


Paraíso debate Campanha da Fraternidade

24/02/2012

Bispo dom Lanza e autoridades de saúde debatem campanha da Fraternidade 2012

 O bispo diocesano de Guaxupé, José Lanza Neto, estará em São Sebastião do Paraíso para realização de uma entrevista coletiva e debate sobre a Campanha da Fraternidade de 2012. Neste ano a Igreja Católica trabalha a reflexão sobre o tema “Fraternidade e Saúde Pública” e, por esta razão, vários secretários de saúde dos municípios da região também vão estar presentes no encontro.

 Os dois encontros serão no próximo dia 27 de fevereiro, inicialmente com a imprensa às 17h na Matriz São Sebastião e o debate às 19h30 no Teatro Municipal Sebastião Furlan. Foram convidados secretários de saúde, médicos, conselheiros municipais, especialistas e toda a comunidade em geral para participarem do encontro.

 A abertura da Campanha da Fraternidade ocorreu na quarta-feira, 22, com a celebração da imposição das cinzas, que ocorreu em todas as paróquias. Com o objetivo de aprofundar no debate sobre o tema deste ano, a diocese de Guaxupé inicia uma série de debates. O Setor Paraíso é composto pelos municípios de Jacuí, São Tomás de Aquino, Itamogi, além da sede São Sebastião do Paraíso. Além do tema Fraternidade e Saúde Pública, a campanha de 2012 possui como lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, palavra que se encontra no livro bíblico do Eclesiástico, capítulo 38, versículo 8.

 Todos os anos a Igreja organiza a Campanha da Fraternidade com o objetivo de promover uma reflexão sobre temas importantes para a sociedade. De acordo com as diretrizes da Igreja Católica, o período da quaresma, que vai da quarta-feira de Cinzas até a Semana Santa, é considerado um tempo forte de aprofundamento e preparação para mudança de vida. O ciclo máximo acontece com a festa da Páscoa, o­nde é celebrada a Ressurreição de Jesus Cristo com a passagem da morte para a vida.

 A saúde pública no Brasil tem sido um grande desafio para os gestores. Muitos concorrentes a cargos eletivos usam a saúde como bandeira política, mas não resolvem o problema. A  questão é apresentada para ser analisada não de forma simplista, pois, ao lado do sistema público, temos também o sistema privado de saúde. O poder econômico ainda tem muita força política. A cada dia cresce mais os usuários de planos de saúde. Consequentemente, os profissionais de saúde também fazem opção por atenderem a população através dos planos ou por consultas particulares por ser mais rentáveis.

 A existência hoje no país do Sistema Único de Saúde (SUS), instituição criada para concretizar as políticas públicas na área de saúde, embora tenha havido avanços ocorridos nesta área nos últimos anos, é necessário mais crescimento. A aposta da Campanha da Fraternidade tem como objetivo trazer mais benefícios para a sociedade no sentido de mobilização. “As pessoas devem tomar consciência de seu papel, pois, o estado sozinho não resolverá todos os problemas da sociedade”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Marcos Rogério de Paula Oliveira.

 A igreja apresenta questionamentos sobre como vai a saúde no país ou nas cidades, como tem sido a participação das pessoas  para melhorar o atendimento nos postos de saúde. De acordo com o texto base da CF 2012, a Igreja atende aos anseios da sociedade, se preocupa com a saúde pública e traz como objetivo geral desta Campanha: “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde”.

 História das Campanhas — Para melhor compreensão das Campanhas da Fraternidade e seus objetivos, é necessário voltar um pouco na história e conhecer a fonte o­nde tudo começou. Os temas refletidos foram divididos em três fases. A Primeira remete aos anos de 1964 e 1965, momento em que a Igreja necessitava de uma renovação interna. O foco inicial era a renovação da Igreja institucional e ocorria naquele momento  a renovação das paróquias. E em seguida a renovação da Igreja povo de Deus. Foi o momento em que os cristãos foram convocados a participarem ativamente deste processo de renovação. Este período se estendeu até 1972.

 A segunda fase deste processo ocorre de 1973 até 1984, período em que a Igreja passou a se preocupar com a realidade social do povo. Foram concretizadas as propostas levantadas no Concílio Vaticano II e marcou o início de uma Igreja mais profética, em que ela passa a denunciar o pecado social e promover a justiça. Na terceira fase iniciada em 1985 e se estende até o momento atual, surge a Igreja voltada para as situações existenciais da população. Todos os temas refletidos tiveram como propostas a mobilização da sociedade como um todo, em torno de problemas que afligem o povo e que também foram realizadas Campanhas da Fraternidade Ecumênicas.