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Chuvas: Defesa Civil local faz ações preventivas

12/01/2012

 As chuvas que nos últimos dias se tornaram mais intensas em Minas Gerais e que já provocou dezenas de mortes e deixou milhares de desabrigados pelo Estado, em Paraíso tem causado poucos transtornos. Conforme o coordenador da Defesa Civil, José Francisco de Oliveira, o trabalho de prevenção junto com as políticas de planejamento e construções urbanas são fundamentais para evitar quedas de casas, pessoas desalojadas entre outras situações. “Agradecemos a Deus, mas não descuidamos de fazer a nossa parte”, comenta.

 De acordo com o balanço divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais nesta quarta-feira, 11, chega a 127 o número cidades entraram para a lista de municípios que decretaram situação de emergência em Minas Gerais por causa da chuva. Um balanço divulgado no início da manhã de quarta-feira em relação a todo Estado aponta que mais de 2,8 milhões de pessoas foram atingidas, 25.514 estão desalojadas, 2.595 estão desabrigadas. O número de feridos chega a 119 e foram confirmadas 15 mortes e três desaparecidos em decorrência das chuvas. Há ainda 394 casas e 264 pontes que ficaram destruídas por toda Minas Gerais. 

 Apesar das chuvas intensas em Paraíso a  Defesa Civil não registrou maiores estragos. No entanto, em função do grande volume de água o trabalho de monitoramento ficou mais constante. “Tem havido uma ou outra situação em que somos obrigados a fazer o remanejamento dos moradores em casas próximas a alguns córregos”, diz José Francisco. As ações preventivas, no entanto, acontecem em diferentes regiões da cidade.

 No final do ano algumas casas no jardim Acapulco foram invadidas pelas águas após uma forte chuva. O lixo deixado nas ruas encobriu bocas de lobo e prejudicou o escoamento da enxurrada. “Temos também ali nas imediações o bairro Rubens Rocha o­nde a falta de escoamento ocasiona o mesmo problema com o represamento da água da chuva”, explica.

 Já no bairro Residencial Morumbi, foi registrada a queda de muros, o­nde construções frágeis não aguentaram o volume das águas. Ainda nos dias próximo a virada do ano houve registro de queda de árvores na Praça Comendador José Honório e no bairro Muschioni, parte de baixo da BR-265. Também foi registrado elevamento do nível das águas do Parque Santa Paula Frassinetti (Lagoinha) e nas represas do San Genaro. “São locais que recebem grande volume de água, quando enchem nós abrimos as comportas para aumentar a vazão.

 Nesta semana, com o apoio do Ministério Público, um morador foi retirado de sua residência  na Rua Salles Naves. “Felizmente é uma pessoa que possui outro imóvel, mas vamos avaliar o local porque possivelmente o imóvel deverá ser demolido pois corre risco de desabamento”, comenta José Francisco. Ele informa que em outras áreas tem sido feito o monitoramento de residências e barrancos, o­nde é feito um trabalho preventivo de orientação aos moradores nos bairros João XXIII e Cidade Nova.

 Nos próximos dias uma equipe formada pelo coordenador da Defesa Civil, homens do Corpo de Bombeiros e engenheiros deverão realizar algumas vistorias em alguns locais da cidade. Até mesmo um edifício em construção no centro da cidade deverá ser avaliado. Segundo informações um muro nas imediações ameaça desabar. “Por dia nós recebemos cerca de cinco pedidos de vistorias, realizamos em média 150 procedimentos destes por mês”, avalia Informações e pedidos de atendimento podem ser feitos através do telefone 199, ou pelo 153 da Guarda Municipal.

 José Francisco ressalta que é graças ao trabalho preventivo que se tem alcançado bons resultados. O município vem adotando nos últimos anos uma série de medidas visando aumentar o nível se segurança na construção de casas. Além da infra-estrutura, a localização dos imóveis fora de áreas de riscos também são fatores que devem ser levado em consideração. A administração municipal implantou novas leis que possibilitam maior fiscalização em relação a ocupação do solo e diferentes tipos e padrões de construções.

 O coordenador informa também tem participado de cursos de formação e orientação em Belo Horizonte. “Muitas vezes somos solicitados até mesmo por municípios vizinhos e colaboramos com informações e outras ações na medida do possível”, finaliza.