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Após 21 anos desde fundação, instituição finalmente pode contar
com estrutura adequada para atender região

 Na tarde da última quinta-feira (4), a Associação de Amigos do Autista (AMA) inaugurou sua nova sede no bairro Verona, em São Sebastião do Paraíso. Com a nova estrutura, será possível atender com mais conforto e atenção, além de dar continuidade ao trabalho realizado desde 1990.
 A data não foi escolhida aleatoriamente. Neste dia, Maria Aparecida Pimenta Pedroso, a Cida Pimenta, fundadora da instituição, estaria comemorando 59 anos. Durante a cerimônia, ela foi muito lembrada pelos atuais funcionários, que mencionaram várias vezes o quanto Cida trabalhou pela AMA.
 Em julho de 2008, a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso fez a doação do terreno com mais de 2 mil metros quadrados para a construção da sede. Luiz Gongaza Pessoni, contador, diz que a obra estimada em R$ 150 mil só foi possível com a colaboração da sociedade. “Fizemos diversos eventos, como bailes e bingos, para arrecadar dinheiro, mas também contamos com doações e trabalho voluntário”. De acordo com ele, por causa do grande terreno, a estrutura poderá ser ampliada futuramente. “Sem dúvida, é algo que vai ficar para as próximas gerações”.
 Os estudantes da associação só conheceram o novo lugar o­nde iriam estudar no momento da inauguração. “Eles sabem que a sede é deles, que foi feita para eles”, afirma a diretora pedagógica, Gilmara Marques. “É a realização de um sonho e o começo de uma nova etapa”. Além de três salas de aula, sala de brinquedos e sala multimídia (chamada sala Cida Pimenta), a nova sede também possui cozinha, refeitório, sala da direção e almoxarifado.
 Zélia Mandela, presidente da AMA, concorda com a colega e conta que, agora, os desafios serão maiores. “A luta é por um corpo técnico especializado para garantir melhor qualidade de vida ao autista”. Emocionada na cerimônia, ela agradeceu a todos os funcionários e presentes, mas principalmente a comunidade por ter contribuído com a realização do projeto.
 O vice-prefeito Márcio da Silveira justificou a ausência do prefeito Mauro Zanin, que estava em Belo Horizonte, e recordou o trabalho que Cida Pimenta desenvolveu. “A AMA sobrevive porque não é uma entidade sozinha, pois a comunidade a abraçou e hoje é integrada a sociedade”.