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Ouvidoria Municipal


Paraíso debate Plano de Mobilidade em audiência

16/06/2011

Participação popular é fundamental para o projeto funcionar, diz comissão

 Na noite da última terça-feira (14), a Secretaria de Planejamento Urbano juntamente com a empresa Equilíbrio Consultoria Urbanístico Ambiental, de Uberlândia (MG), apresentou a proposta metodológica preliminar do Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) para a sociedade paraisense. Através da primeira audiência pública realizada no Teatro Sebastião Furlan, profissionais envolvidos no projeto puderam conversar diretamente com os presentes e debater dúvidas sobre os próximos passos.
 O prefeito Mauro Zanin reforçou a importância da participação popular nesta e nas futuras audiências. “É muito bom encontrar pessoas aqui para discutir a mobilidade em nosso município. O Plano só será realmente eficiente se for construído ouvindo o que os cidadãos tem a dizer”. Ele ainda simplificou o objetivo do projeto citando o direito do ser humano de “ir e vir”, presente na Constituição Federal Brasileira.
 A geógrafa Carolina Tristão prendeu a atenção dos presentes em sua apresentação, principalmente ao explicar mais sobre os atuais problemas que diversas cidades sofrem no trânsito. Para ela, é fundamental que as pessoas comecem a fazer uso racional do automóvel próprio. “É claro que para deixar o carro em casa, o transporte coletivo deve atender as necessidades e ser, acima de tudo, eficaz”. Entre outros assuntos, Carolina também falou sobre distribuição do espaço urbano e opções que podem trazer mobilidade.
 Especialista em planejamento urbano, advogada e diretora da empresa Equilíbrio, Iza Raquel apresentou a proposta metodológica e as etapas do PlanMob, assim como a comissão técnica formada para o desenvolvimento do projeto. Ela ainda lembrou diversas vezes que as audiências são como uma ponte entre a população e comissão. “Não adianta criarmos leis e desenharmos projetos se o cidadão não concordar e não se enxergar dentro deste Plano. Além de dar continuidade, a participação da comunidade é um atributo de validade jurídica”.
 No final da audiência, a comissão técnica respondeu inúmeras dúvidas dos paraisenses. Grande parte contava situações problemáticas que ocorria em ruas e avenidas de Paraíso. Alguns demonstraram ansiedade pela execução de obras, como ciclovias e estacionamentos, enquanto outros preocuparam-se com as mudanças que o Plano de Mobilidade poderia trazer, como, por exemplo, a expansão de um calçadão no Centro a extinção de vagas em determinadas ruas. Além de conversar abertamente com o público, a equipe também leu sugestões e críticas apontadas. “Teremos que trabalhar massivamente a educação no trânsito”, pontuou Carolina.