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 Em reunião realizada no dia 26 de maio, o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Codema), e representantes da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), discutiram a implantação do sistema de tratamento de esgoto em São Sebastião do Paraíso, suas características e forma de execução.
 Segundo o presidente da Copasa, Vasco Dráuzio Gil, a operação de esgotos terá início com o trabalho de caminhões hidro jateadores e equipe de apoio até se adquirir equipamento próprio. “A Copasa já tem empreiteira contratada para manutenção, prolongamento, trocas de rede o­nde houver necessidade, câmara de monitoramento, levantamento de postos de visitas de esgotos e postos de ligamento domésticos, além de localização de águas pluviais”, afirmou. Também estão previstas instalações de interceptores de efluentes para evitar a poluição dos córregos.
 Luiz Eduardo Carvalho Gomes, representante da Copasa de Varginha, informou que a instalação de tratamento em Paraíso deverá ser total, uma vez que a vazão dos córregos da região é muito pequena. Serão estações em níveis terciários que exigirão tratamento complexo.
 O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário. A remoção de nutrientes e de organismos patogênicos pode ser considerada como integrante do tratamento secundário ou do tratamento terciário, dependendo do processo adotado.
 “Poderá ser usado um tratamento anaeróbio, que é efetuado por bactérias que não necessitam de oxigênio para sua respiração. Este tipo de tratamento pode gerar biogás”, salientou Luiz Eduardo.
 Ele informou ainda que este biogás pode ser utilizado como fonte de energia, ou então queimado para não prejudicar a camada de ozônio. Já o lodo proveniente da decantação, exige caracterização e tratamento específico em uma possível utilização como fertilizante.
 “Deverá ser consolidado o programa de efluentes não domésticos, que deverá ser apresentado às indústrias para se elaborar um trabalho conjunto. Também serão exigidas infraestruturas completa dos proprietários para implantação de loteamentos urbanos”, reforçou.
 Alécio dos Santos Tubaldini, recém empossado presidente do Codema, informou que, em Santa Rita do Sapucaí, o Codema fez parceria com a Copasa para executar trabalhos em áreas de preservação permanente, para recuperação de nascentes.
 Luiz Eduardo informou que a Copasa conta com um programa denominado Sistema Integrado de Proteção de Mananciais (Sipam), que trabalha em parceria com os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, para realizar plantação de mudas, caixas de contenção, cercas de nascentes e oficina de educação ambiental para escolares.
 Para este programa a Copasa já assegurou em 2008, recursos da ordem de R$ 2 milhões para serem aplicados em mais de 50 cidades que contemplam a segunda etapa do Sistema Integrado de Proteção dos Mananciais.
 O programa, instituído em 1989 e desenvolvido pela companhia visa proteger e preservar os mananciais o­nde faz captação para o abastecimento de água, promove um conjunto de ações nas sub-bacias hidrográficas para assegurar a vazão e a qualidade da água.