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 O prefeito Mauro Lúcio da Cunha Zanin anunciou na tarde de sexta-feira, 6, o encerramento do contrato entre o município de São Sebastião do Paraíso e a construtora  CL Garcia Ltda. A empresa era responsável pela construção da Escola Municipal José Carlos Maldi não vinha cumprindo o contrato. Zanin negou que esteja em atraso com pagamentos e que as medições tenham sido feitas diferentes do que o contratado.
 Durante realização de entrevista coletiva na sala de reuniões da Prefeitura Mauro Zanin demonstrou insatisfação como o assunto foi tratado pela TV Paraíso. “Quando um assunto destes é tratado desta maneira ouvindo apenas um lado, isso não é jornalismo democrático. Se eu não estou presente existem os secretários e temos a assessoria de comunicação e outros instrumentos para se fazer um trabalho sério, com ética e imparcialidade, sem querer fazer jogo político perante a opinião pública”, comentou.
 Zanin confirmou que na tarde de quarta-feira, 4, tentou-se uma solução amigável com a construtora sem que houvesse um acordo. “Então tivemos o rompimento do contrato de forma unilateral pelo descumprimento do contrato. Nós queremos comprar o serviço pelo preço que foi vendido, mas com qualidade e de acordo com as avaliações que são feitas”, argumenta. Ele explica que o pagamento da obra é feito de acordo com a execução do serviço e com as medições. “Se em outras prefeituras não é feita a fiscalização conforme o contratado, aqui nós temos zelo porque é o dinheiro público que está sendo empregado e temos compromisso com a população naquilo que anunciamos e ofertamos à comunidade”, esclarece.
 O prefeito citou que o andamento das obras estava em atraso. A prefeitura já havia feito um aditivo de prazo de mais de seis meses para a execução do serviço e mesmo assim o andamento dos trabalhos estavam insatisfatórios. “Não sei a causa é a falta de capital de giro ou não. Também não temos culpa se a empresa possui processos trabalhistas. Houve uma licitação, foi comprado m produto e ele não nos foi entregue conforme foi vendido”. Mauro Zanin disse que não tem nada a temer em relação as ameaças da direção da empresa de recorrer à justiça. “Que se faça isso mesmo, nós teremos as medições, porque se eu estiver errado, que ponha o Mauro na cadeia, que eu responda judicialmente”, argumenta.
 Para tentar solucionar o problema a Prefeitura abrirá um novo processo de licitação. “Vai levar mais um certo tempo, mas assim como estamos fazendo com o recapeamento das ruas, nós também queremos com a construção da escola recuperar este tempo perdido e queremos a escola pronta no início do próximo ano”. A obra que tem um investimento de mais de R$ 1 milhão teve executado com cerca de R$ 700 mil está com a parte física com cerca de 50% executado.

 Problemática  —  Zanin fez o apontamento de que a empresa CL Construtora também enfrenta dificuldades e paralisou obras em outros municípios. “Desde a fase de licitação nós sabíamos, mas acreditamos na palavra empenhada”. O prefeito citou exemplo de que em Batatais a mesma empresa paralisou os trabalhos de construção de uma creche há cerca de duas semanas. A Prefeitura de Batatais não recebeu qualquer comunicado sobre os motivos da paralisação e notificou a empresa a prestar informações. Também há informações de que a empresa agiu da mesma forma com uma outra obra em Guaranésia.
 O prefeito de Paraíso lembrou que quando da primeira licitação para construção da Escola Estadual Paula Frassinetti, ainda no terreno ao lado da cadeia a mesma construtora entrou no processo, perdeu e depois recursou. Quando foi feita a segunda licitação para o prédio da escola que encontra-se em construção no bairro São Judas, a mesma nem participou, depois de ter motivado atrasos no processo de praticamente um ano. “Ela foi aceita no processo porque toda a documentação apresentada estava em dia e acreditamos no cumprimento daquilo que se anunciou dar conta de fazer pelo preço ofertado”.
 Ao se dizer que tem respeito pela sociedade, Mauro Zanin assegurou que a comunidade não sairá prejudicada com este episódio. “Tenho mais de um mandato e meio em andamento e temos certeza que vamos superar esta situação, mesmo com alguns querendo jogar a administração contra a opinião pública. Isso não é instrumento de barganha política. Tomamos as providências que achamos ser correta. Se a empresa acha que está sendo lesada que busque na justiça, mas não é agindo assim diante da opinião pública que eles deixarão de ser penalizado mais do que deve e nem será poupada. Estou zelando pelo dinheiro da comunidade e a população não sairá prejudicada”, conclui.