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 Com o objetivo de criar uma nova visão de prevenção e promoção em saúde, a Secretaria Municipal de Saúde e Ação Social de São Sebastião do Paraíso está implantando uma nova dinâmica  para o programa Cidade Viva. Além de reestruturar o trabalho que já é realizado, a iniciativa também pretende melhorar a qualidade de vida dos usuários do serviço. A proposta sai da visão apenas curativa e passa a abranger possibilidades de novas terapias, com escolhas personalizadas para cada participante.
 Para atingir estes objetivos o programa prevê a definição do fluxo de direcionamento dos pacientes das USFs (Unidades de Saúde da Família) com participação de toda equipe de trabalho. O público alvo são as pessoas frequentadoras dos projetos mantidos pela Secretaria de Saúde como a Hidroginástica, Tai-Chi e Vida Ativa. Também haverá integração com os participantes dos programas da Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, que possui ações como o projeto Nadar, vôlei, handebol, basquete e futebol de salão.
 Uma das opções de atrair os usuários para as práticas complementares com o objetivo de gerar saúde é a implantação das academias ao ar livre. Elas estão sendo montadas em espaços públicos e equipadas para informar e educar, além de criar oportunidades para a prática esportiva, atividade física e lazer. No município serão instaladas academias na Praça de Esportes Monsenhor Mancini, no Centro de Lazer San Genaro, na Lagoinha, no bairro São Judas e no distrito da Guardinha. A inauguração destes núcleos esportivos deverá ocorrer, inicialmente, em 29 de abril.
 Para atender a população foi montado um fluxograma que será implantado em todas as USFs. As ações se dividem em práticas complementares primárias o­nde a pessoa, ao ser avaliada, pode escolher qual atividade quer exercer. Dentro das ações primárias está o programa Vida Ativa, Tai-Chi e as academias ao ar livre. Já as ações secundárias poderão ocorrer somente a partir de indicações médicas para Hidroginástica, Hidroterapia, projeto Nadar e Acupuntura. Ao final das etapas, em conformidade com o desempenho, o usuário será mantido na fase do programa ou voltará ao início para nova avaliação de resultados e encaminhamento de metas.

 Indicações  —  As práticas esportivas como vôlei, handebol, basquete e futsal são indicadas aos usuários com idade entre 8 e 17 anos, portadores de sintomas de hiperatividade, depressão, obesidade, indisciplina, ociosidade e baixo comportamento escolar.  O programa Vida Ativa  é recomendado ao usuário com sintomas de depressão, doenças crônicas como osteoporose, artrose, hipertensão arterial, diabetes e obesidade. Também é indicado à pessoas que querem sair do sedentarismo praticando uma atividade física saudável e supervisionada, com faixa etária livre.
 O Tai-Chi também é uma modalidade de esporte competitivo. Assim como as outras práticas, ele não sobrecarrega as articulações e promove melhora na coordenação motora com qualidade de vida. Além de atuar no fluxo de energia que circula no corpo, ele diminui o cansaço, estresse e tensões do dia a dia, resultando ainda em melhor postura, aumento da flexibilidade e alívio nas dores crônicas.
 Dentre as práticas complementares secundárias consta a Hidroginástica e Hidroterapia juntamente com o projeto Nadar. As indicações são semelhantes para estas mesmas modalidades destinadas à pessoas com patologias como obesidade, osteoporose, artrose, hipertensão arterial, desvio, traumas de coluna e crânio encefálico, acidente vascular cerebral e Mal de Parkinson.

 Avaliações e desempenhos são positivos  —  O grau de satisfação com o desempenho e melhora nas condições de saúde feito a partir da avaliação com os usuários do programa Cidade Viva dão a dimensão do quanto as atividades oferecidas contribuem para a melhora da saúde e qualidade de vida da população. Conforme os indicativos apurados, 42,86% dos participantes diziam ter condição de saúde ruim. Depois de um ano participando das ações oferecidas, 57,14% passaram a ter boa condição; 28,57% muito boa e 14,28% excelente.
 Em outro indicativo sobre a classificação do grau de saúde atual e a de um ano, 71,34% tinham muito bom desempenho em práticas rigorosas que exigissem muito esforço como correr, levantar objetos pesados, antes de participarem das atividades. Depois de integrar o programa, 28,57% relataram não terem dificuldade alguma e 57,14% pouco empecilho.
 Também obteve avaliação positiva a evolução no processo de reabilitação de pacientes que realizam Hidroginástica. Conseguiram obter evolução 97,82% dos usuários e apenas 2,38% não conseguiram nenhuma evolução. Para as terapias relacionadas à prática do Tai-Chi, na comparação de desempenho de um ano com o tempo atual, os resultados também são considerados muito satisfatórios. Dentre os avaliados que inicialmente estavam muito melhor, o índice passou para 57,5 %. Dos 47,5% que respectivamente se diziam pouco e muito pior, 12 meses depois já não havia pessoas nestas condições. Ainda tiveram 2,5% entre 30% que não perceberam mudança alguma.
 No processo de reabilitação dos pacientes que praticam o Tai-Chi todos apontaram terem obtido alguma evolução. Houve 88% que fizeram mais tarefas do que gostariam, 90% que passaram a dedicar mais tempo ao trabalho e outras atividades. Dos 55% que não faziam exercícios rigorosos o índice baixou para 47,5%.
 O programa Vida Ativa aponta que 73% dos participantes que realizavam consulta médica mensal, o índice caiu para 50%. O indicador de quem consultava de uma a quatro vezes ao ano subiu de 27% para 50%. Quanto aos momentos de lazer de quem usa o programa, que antes era de 30% para frequentemente, passou para 62%. Antes 38% não tinham este espaço e depois apenas 7% se diziam nesta situação.
 A atividade aquática tem participação de 10% dos integrantes do Vida Ativa. A maioria, 55% participam de ginástica, 31% fazem caminhada orientada e 4% praticam vôlei.