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 A Casa da Cultura de São Sebastião do Paraíso recebeu a doação de acervo de Estevam Alves Pinto, 4° filho de João Bernardes Pinto Sobrinho e Anna Candida de Figueiredo, uma das famílias mais antigas do município. Antes mesmo da cidade ser formada, eles já possuíam enormes extensões de terra na região.
 O acervo contém obras literárias, enciclopédias e documentos históricos importantes como a certidão de nascimento de Estevam, escrita a mão datada em 1907; carta de nomeação de João Bernardes Pinto Sobrinho para o posto de capitão da primeira companhia do 320° Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional da Comarca de São Sebastião do Paraíso; certidão assinada pelo presidente da República Getúlio Vargas nomeando Estevam Alves Pinto na comissão de engenharia do departamento Nacional da Produção Mineral, além de cartas pessoais, fotografias, cartões postais, agendas entre outros.
 Contem também relatórios dos anos 1938 a 1962 das reuniões da diretoria da Companhia de Cimentos Itaú. A cidade de Itaú de Minas era considerada um simples bairro de Passos e que, a partir  desse momento, adquire maior participação nas decisões políticas, representado pelos diretores da empresa do qual Estevam fazia parte.
 Estevam era pai de Ana Maria Alves Pinto, casada com Vidal Nunes Serrano; Rosa Maria Pinto Gonçalves, casada com José Carlos Gonçalves, engenheiro agrônomo; João Eugênio Alves Pinto, advogado casado, com Wanda Alves Pinto e Margarida Alves Pinto, casada com João Gusman.
 De acordo com Fátima Aparecida Cruz, funcionária da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, este riquíssimo acervo tem grande importância para a região dos Sertões do Jacuhy, pois ajuda a escrever a história com fontes documentais originais. “Além do acervo documental que agora está aos cuidados do departamento de Cultura, os irmãos Alves Pinto doaram para o município o terreno o­nde hoje funciona o Parque de Exposições (Expar), que recebe o nome “João Bernardes Pinto Sobrinho”, em homenagem ao pai, e o terreno destinado ao Distrito Industrial 1, que recebe o nome “Maria Ignes Pinto”, em homenagem à irmã.
 O acervo está sendo selecionado, catalogado e ainda poderão ser encontrados outros documentos importantes. O material histórico ficará à disposição no Centro de Memória, que se localiza na Casa da Cultura, à avenida Oliveira Rezende, 509, o­nde já existe um arquivo de fotografias antigas. O local é aberto ao publico das 13h às 17h, de segunda à sexta-feira., com entrada franca.