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 O prefeito Mauro Lúcio da Cunha Zanin, o vice-prefeito Márcio da Silveira, juntamente com o secretário de Planejamento Urbano, Cássius Malaguti, visitaram as obras de construção do aterro sanitário na manhã desta terça-feira, 22. O empreendimento orçado em mais de R$ 2,2 milhões teve seu início em setembro de 2010 com término previsto para outubro de 2012, quando deverá iniciar sua operacionalização. Zanin disse que está acompanhando todo o processo de perto desde a sua fase inicial e o secretário Cássius comentou que a obra é em sua grande totalidade de terraplanagem o­nde já se trabalha para a obtenção da Licença Operacional do local.
 Conforme disse o prefeito, além dos recursos do Estado, o município também tem dado a sua parcela em contrapartida. “Entramos com a aquisição da área, projeto de execução. Outros investimentos próprios estão entrando como cercamento, a parte de arborização, a operação será toda  nossa; a parceria do Estado é na implantação e deixá-lo pronto para ser operado que será conosco”, relata.
 “Desde o projeto, os recursos, as licenças e todas as fases até este momento, tem tudo uma história de trabalho de mais de quatro anos, uma ação política junto ao Governo do Estado e a participação do nosso deputado estadual Antônio Carlos Arantes foi fundamental para conseguir os recursos junto ao Fundo ligado à Secretaria de Meio Ambiente do Estado”, comenta o prefeito. Ele acredita que, com mais esta realização, o município deixará de estar na contramão diante das políticas e práticas ambientais. “É um somatório e o mais importante, vamos deixar de ser uma cidade neste aspecto com problemas ambientais e passaremos a ser uma cidade no caminho correto, dentro da legislação vigente o nosso município vai estar adequado, mostra maturidade da comunidade e das instituições e um futuro melhor do que nós temos hoje”, afirma.
 Ele aponta que a coleta e a destinação do lixo de forma correta, bem como o tratamento do esgotamento sanitário, são dois gargalos desafiadores que neste ano vão deixar de ser incômodos para a administração. “Quando olhamos nosso governo, cada ano é marcante como um desafio junto à nossa sociedade. Lá atrás tivemos a Educação, depois organização do sistema de saúde, outro passo conjunto foi a segurança pública, por mais que no ultimo mês não estejamos satisfeitos com os acontecimentos na nossa cidade, volta de assaltos, precisamos manter a vela acessa, mas que, a cada ano da nossa  história, temos um assunto que vem sendo trabalhado com maior intensidade e a comunidade vai amadurecendo de maneira coletiva desta forma. Acho que 2011 será muito marcante o caminho que a  sociedade está tomando para minimizar os seus problemas ambientais”, avalia.
 O secretário de Planejamento Urbano Cássius Malagutti disse que, assim que a construção estiver pronta, o município deverá buscar a Licença de Operação (L.O.) para o aterro que é concedida pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
 Cássius explicou detalhes em relação ao chorume, citando a existência de plataformas de disposição do lixo, o­nde existem sistema de drenagem do material líquido. “Elas são compactadas, impermeabilizadas e tem inclinação para que o chorume seja destinado ao dreno para duas lagoas de tratamento, uma anaeróbica e outra facultativa”, explica.  Depois deste tratamento, esse efluente é lançado no córrego.
 Após este processo e com a Licença Operacional obtida ainda serão verificadas algumas condicionantes para liberação do líquido. “Entre elas está o monitoramento do efluente líquido na entrada e saída das lagoas. Acredito que será feita mensal ou quinzenalmente, mas estará determinado através da licença, para verificar a eficiência de acordo com a legislação”, aponta o secretário. Também serão  implantados alguns postos de monitoramento do lençol freático, que vai monitorar inclusive as águas do lençol que irá ao Feam. Somente após este processo é que haverá o lançamento da água no córrego Santana.
 Ainda de acordo com Cássius o aterro foi dimensionado para ter 20 anos e receber 40 toneladas de lixo/dia. No entanto, metade deste lixo pode ser reciclável e é deste trabalho que depende a associação dos coletores de recicláveis. “Creio que poderemos tirar umas 20 toneladas para a reciclagem. Se conseguirmos, encaminharemos para o aterro 20 toneladas que é o lixo molhado e orgânico e desta forma conseguiremos dobrar a vida útil do lixo sanitário, para isso é importante e pedimos o apoio da comunidade para nos ajudar neste momento, separando o orgânico do reciclável, teremos uma vida útil bem prolongada deste aterro”, completa.

 SOBRE O ATERRO SANITÁRIO
 O aterro sanitário de Paraíso está localizado no bairro rural dos Varões, mede 17,42 alqueires. Os contratos de construção e consultoria para as obras foram assinados em julho.
 A Betontix Tecnologia e Comércio Ltda., de Ribeirão Preto/SP é a empresa que está prestando serviço de consultoria para medir a qualidade e os prazos da obra. Estão destinados recursos no valor de R$ 226.712,00. A empresa vencedora do processo licitatório para a construção do aterro é a Potivias, Empresa Potiguar de Obras Viárias, com sede em Natal/RN. Os recursos para as obras de construção estão avaliados em R$ 1.583.658,00.