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Simpósio de DST/Aids é realizado em Paraíso
21/08/2009
O Ambulatório de Infectologia de São Sebastião do Paraíso realizou na terça-feira, 18 de agosto, o I Simpósio de DST/Aids. Mais de 200 pessoas, entre médicos, enfermeiros, dentistas, auxiliares, entre outros, estiveram presentes no evento que aconteceu no Anfiteatro do Ceduc, durante toda a tarde.
A abertura do evento foi feita pelo secretário municipal de Saúde e Ação Social, Marcos Rogério de Paula Oliveira, que elogiou a presença maciça dos profissionais de saúde em busca de uma melhor orientação, o que acarreta em melhoria da qualidade do atendimento à população.
Em seguida houve a palestra com o médico ginecologista/obstetra Matheus Colombaroli, sobre a Abordagem Sindrômica das DSTs. Ele afirma que as doenças sexualmente transmissíveis muitas vezes se agravam devido a falta de orientação do paciente. “As vezes os pacientes apresentam dores e sintomas e ao invés de procurar atendimento médico, vão direto às farmácias e compram um remédio para melhorar o desconforto momentâneo. Esquecem que a dor pode até passar, mas a doença permanece e pode deixar muitas sequelas, como exemplo a esterilidade”, explica Matheus.
Em sua palestra sobre a Sífilis Congênita, o médico intensivista pediatra Paulo Roberto de Oliveira, relatou sobre a necessidade do exame VDRL nas gestantes e também nos recém nascidos. Afirmou que em Paraíso é seguido o protocolo da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e que de acordo com o Datasus, o município apresenta dois casos da doença, Minas Gerais com 209 e o Brasil, um total de 5.206 casos.
A infectologista Márcia Cristina Guimarães de Oliveira expôs sobre as Hepatites Virais, explicando as diferenças entre os tipos A, B e C. No primeiro, o contágio acontece por via oral, principalmente água contaminada e em 99% dos casos, ela é curada naturalmente pelo organismo em duas ou três semanas. Na hepatite B o contágio se dá pelo sangue (seringas não esterilizadas) e principalmente por contato sexual e em 50% dos casos, ela desaparece naturalmente. Nos outros 50%, se torna crônica, mas já existem remédios eficazes. Já a hepatite “C” o contágio também se dá pelo sangue e por contato sexual, porém não existe vacina e, em 80% dos casos, ela se torna crônica.
Os medicamentos atuais somente são eficazes em metade dessas incidências. Em todos os casos os principais sintomas são náuseas, vômito, diarréia, cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos e escurecimento da urina.
A penútima palestra com o tema “Vivendo com HIV/Aids”, realizada pelo médico infectologista José Carlos Costa Junior, relatou desde a descoberta da doença e a evolução que o tratamento tem passado e que, consequentemente, ocasiona a melhoria da qualidade de vida dos portadores do vírus.
Ao final do simpósio, a enfermeira Geisa Quirino de Moraes, explanou sobre a importância das notificações e a inclusão de mais algumas doenças que também devem ser notificadas a fim de se fazer estatísticas e planejar ações de prevenção. Houve também sorteio de brindes aos participantes e entrega de certificado de participação.
fotos: Aline Andrade