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Ouvidoria Municipal


VIII Conferência Municipal de Assistência Social em Paraíso

29/07/2009

 Com o tema “Participação e Controle Social no Sistema Único de Assistência Social – SUAS”, a Gerência de Ação Social de São Sebastião do Paraíso realizou na quarta-feira, 22 de  julho, a sua conferência municipal.
 A abertura do evento foi realizada pelas crianças do coral da Casa São Francisco, que cantaram o Hino Nacional e também a música “Criança Esperança”. Em seguida, o presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Esmar Bárbara, agradeceu a presença de todos os participantes e pediu atenção especial às propostas oriundas deste evento, que seguirão para as Conferências Regional e Estadual, uma vez que vêem de interesse a toda a comunidade. Já o presidente da Câmara dos Vereadores, Ailton Rocha Sillos, disse que o momento é muito oportuno para a realização de uma conferência, pois o tema “assistência social” é tido como prioridade em todo o país.
 O diretor de Saúde e Ação Social, Marcos Rogério de Paula Oliveira, agradeceu todo o empenho da equipe e disse que uma das funções do Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS é o de orientar e capacitar as instituições para o trabalho no campo da assistência social, na perspectiva da emancipação dos usuários, em oposição ao assistencialismo.
 Ainda elogiou a importante atuação do Conselho: “o sucesso dessa Conferência nos mostra que estamos no caminho certo. Precisamos agora, é de mais pessoas empenhadas e dispostas a caminhar conosco. E a proposta do evento é essa, abrir as portas para a participação popular”, comenta Marcos.
 Em seu discurso, a gerente de Ação Social, Rozi Mari Bulgari, também elogiou a organização do evento e agradeceu ao suporte e as “cabeças abertas” que o diretor de Saúde Marcos Rogério, juntamente com o prefeito Mauro Zanin, possuem em relação ao Serviço Social. “Não é fácil coordenar a Ação Social, principalmente diante das mudanças que tivemos durante os últimos anos. Exemplo disso foi a criação do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), em 2003, do qual recebemos portarias e normativas diariamente. Este suporte e apoio também contribui para solidificar a rede de proteção social do município, a fim de se criar elos fortalecidos e evitar falhas”, explica Rozi.
 A representante da sociedade civil, Bernadete Aparecida Aguiar, agradeceu o convite e relatou alguns dados cotidianos da instituição São Luis Scrosoppi, o­nde atua. O prefeito Mauro Zanin disse estar feliz pela maturidade que a população está transparecendo ao participar de eventos ligados ao tema de assistência social. Enfatizou ainda que “o crescimento da cidade depende do trabalho de todos, e a construção de uma base sólida para o SUAS nasce da diversidade, ou seja,  para se criar uma rede de proteção social fortalecida basta as pessoas trabalharem em conjunto, como estamos fazendo agora”, relata Zanin.
 A primeira palestra, com o tema “Os desafios da política de assistência social e a participação social no SUAS”, foi proferida pela assistente social do INSS de São Sebastião do Paraíso, Meire de Souza Neves,  que relatou sobre a importância da participação popular e os motivos de se fortalecer a política de Assistência Social: “muitos programas existem hoje devido a luta social e à união dos diversos conselhos, enfim, eles são frutos de movimentos sociais”. Ainda exemplificou: “o SUAS é um avanço, mas precisa ser bem trabalhado e principalmente, bem entendido” afirma Meire.
 A segunda palestra, realizada pela assistente social do Fórum de Jacuí, Rosiane M. Da Silva Rosa, teve como tema: “A atuação do trabalhador social na perspectiva do fortalecimento da participação popular”. Ela falou sobre as dificuldades da área e também indagou se os profissionais de assistência social participam de ações de interesse coletivo, questionando ainda: “será que somos profissionais participativos? Como incentivar a população a participar desse tipo de ação, sendo que muitas vezes vários profissionais não são atuantes?”. Rosiane ainda salienta: “movimentos coletivos rendem muito mais que pautas individuais”.
 Após o almoço houve o momento de maior comoção entre os presentes: a participação da Pastoral dos Surdos, o­nde quatro surdos expressaram-se sobre o cotidiano, perante as dificuldades que enfrentam. De acordo com Rozi, fala-se da inclusão de cadeirantes, de portadores de deficiência mental, esquecendo-se muitas vezes de outras deficiências como a auditiva, a visual.
 Em seguida, houve a apresentação de painéis temáticos e os debates em plenário. Depois de realizada as apresentações das propostas advindas das discussões em grupo, houve a eleição dos delegados municipais que irão representar o município na VIII Conferencia Estadual de Assistência Social, que realizar-se-á em Belo Horizonte no mês de outubro deste ano.