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Vigilância em Saúde promove palestra sobre leishmaniose
28/07/2009
A Vigilância em Saúde de São Sebastião do Paraíso realizou na quinta-feira, dia 16, uma tarde de estudo sobre os mais diversos temas sendo o de maior destaque: a leishmaniose. Os estudos foram voltados aos profissionais das Unidades de Saúde da Família (USF), agentes epidemiológicos, Vigilância Sanitária, Ambulatório de Infectologia, planos de saúde do município, Santa Casa de Misericórida e funcionários da Diretoria de Saúde.
A palestra sobre leishmaniose foi realizada pelo médico veterinário Andrei Nascimento, vindo de Araçatuba-SP, exclusivamente para falar sobre o tema. De acordo com ele, Paraíso ainda não é uma área que representa perigo, se comparada à cidades como Bauru, Araçatuba, Belo Horizonte e outras, onde a leishmaniose atinge mais de 50% da população dos caninos e o pior, a maioria deles não apresentam sintomas da doença mas são hospedeiros e podem transmitir a doença aos mosquitos flebetomineos.
Ainda segundo Andrei, o homem contrai a doença através da picada do mosquito flebotomíneo infectado, também chamado de mosquito palha ou birigui; ou através de transfusão de sangue. “Por serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas. São mais comumente encontrados em locais úmidos, escuros e com muitas plantas. Outro cuidado se dá através do uso de repelentes, nos seres humanos, e da coleira nos cães”, explica o veterinário.
Outra observação importante é que a doença nos caninos não tem tratamento nem cura, pois é impossível eliminar 100% dos parasitas dos cães, “os sinais da doença podem até desaparecer, mas mesmo assim o cão continua doente e transmitindo a doença. Existe até lei que fala em eutanásia nesses casos”. E, assim que o primeiro caso positivo aparecer em cães, pode-se esperar que de 12 a 18 meses aparecerá casos em humanos. Por isso frisamos tanto a prevenção, que se dá através do uso da coleira”, comenta Andrei.
Em seguida houve a palestra do veterinário responsável pelo canil da Prefeitura, Hilton Gomes Furtado, que falou sobre a raiva animal e enfatizou a necessidade de vacinar os cães e gatos para evitar a doença. “Somente através da vacinação anual é que se pode prevenir a raiva, que apesar de não parecer, é uma doença que também mata”. Ele repassou os dias da vacinação anti-rábica na zona rural e relembrou que no município ela ocorrerá nos dias 8 e 15 de agosto.
O responsável pelo canil, Gustavo João Bernardino, explicou sobre o funcionamento da vigilância ambiental, que engloba a qualidade das águas do município, o ecoponto e o canil municipal.
O encerramento foi feito pela coordenadora do Controle de Zoonoses, Juliane Cristina Amorim, que falou sobre as doenças epidemiológicas mais comuns no município como a dengue e o fluxo das notificações. Também solicitou aos agentes comunitários de saúde e aos epidemiológicos a colaboração na divulgação para a população quanto a prevenção de doenças endêmicas e o controle de insetos e vetores.
O evento reuniu aproximadamente 200 pessoas e também serviu como reciclagem para os funcionários atualizarem seus conhecimentos.