Página inicial

Notícias Navegar com Ícones

Aguarde, carregando...

Acesso a informação   Ouvidoria   Carta de Serviços ao Cidadão
    Alto Contraste  Instagram   Facebook
Institucional 5


Epamig realiza encontro técnico sobre azeitona

13/04/2009

 Em encontro técnico realizado no dia 26 de março na Fazenda Experimental da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), em São Sebastião do Paraíso, demonstrou aos produtores rurais de nossa região, os avanços alcançados em pesquisas, além das  possibilidades de exploração da azeitona de mesa e produção de azeite.
 Segundo Emerson Dias Gonçalves, engenheiro agrônomo e pesquisador da Epamig da cidade de Maria da Fé, estão sendo efetuadas pesquisas com plantio de oliveiras em diversas regiões do Brasil, como em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além da Bahia, que já possui plantios de oliveiras. Em São Paulo, Cunha e Casa Branca também estão entrando no negócio.
 De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, somente com importações de azeite, em 2006, foram gastos R$ 236 milhões. Segundo Darlan Einstein do Livramento, presidente da Epamig local, existe uma imensa fatia de mercado a ser preenchido com o comércio dos produtos da oliveira.
 Considerando a perspectiva de exportação anual e o comércio interno, o Brasil só alcançaria a auto-suficiência na produção de azeitona e azeite, com o plantio de, aproximadamente, 62 mil hectares de oliveiras. Com isto seriam evitados gastos anuais com exportações equivalentes a R$ 340 milhões com remuneração de R$ 23.688,50 por hectare, a partir do sexto ano, para os produtores rurais que aderirem a essa atividade.

 Recomendações para plantio da oliveira  —  Ela é uma planta de clima temperado, necessita de baixas temperaturas no período que antecede a floração para a ocorrência de produções satisfatórias.
 A planta desenvolve bem em climas de inverno, entre 7° e 12,5º centígrados, e temperatura máxima de 18º centígrados. Altitudes variáveis 200 a 1.300 metros. Regimes de chuvas superior a 800 mm anuais são suficientes para produções econômicas. Em Paraíso a temperatura mínima média são 12º centígrados.
 Os terrenos mais indicados para o plantio são os planos, ou suavemente o­ndulados para facilitar a colheita e tratos culturais, ou em locais com até 50% de declividade. Preferencialmente com face voltada para o norte para facilitar a exposição à luz solar.
 Evitar plantio em terrenos sombreados, muito encharcados, e em vales ou baixadas, afastando, assim, riscos de geadas. Dar preferência a terrenos com boa drenagem e solos profundos.
 A oliveira desenvolve-se bem em solos com o PH entre 5,5 e 6,5. O plantio poderá ser feito em qualquer época do ano, preferencialmente no período chuvoso. Caso seja realizado no período seco, necessitará de irrigação para que ocorra o pegamento da muda.
 Em plantio convencionais, devem-se utilizar 4 m entre plantas e 6 m entre fileiras. As dimensões das covas devem ser de 60 cm de comprimento, 60 cm de largura e 50 cm de profundidade.

 Histórico  —  Historiadores concluíram que o azeite de oliva faz parte da alimentação humana há muito tempo. Chegaram à conclusão que a oliveira é originada do Cáucaso, das planícies altas do Irã e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina. Ou mais provavelmente surgiu na ilha de Creta no sul da Grécia.
 Pinturas de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis a sete mil anos. Entre o quinto e segundo milênio a.C foram encontrados vestígios de oliveiras em Múmias da XX Dinastia do Egito. Também foram encontrados registros em relevos e relíquias da época minóica – 2.500 a.C.

 Oliveira na cidade de Maria da Fé  —  No ano de 2007, na cidade de Maria da Fé, no sul de Minas, foram produzidos 200 litros de azeite extra virgem. Apesar de ser conhecida, desde a década de 40, como a cidade dos olivais, apenas em 2008 a cidade iniciou a exploração de azeitonas e se tornou a primeira produtora de azeite extra virgem do país.
 Em 2008, após uma primeira produção artesanal, pesquisadores da Epamig decidiram instalar uma fábrica para a produção de azeite na região, constatando que o azeite produzido tem a mesma qualidade dos importados.
 João Vieira Neto, pesquisador da Epamig, informou que, depois da experiência artesanal, pretendem começar a processar 600 kg do produto por mês. Com o sucesso das pesquisas surgiram mais produtores interessados na plantação comercial de oliveiras na região.
 Quatro agricultores de Maria da Fé, pensando no potencial do mercado, plantaram 60 mil pés de oliveira, alguns já no quarto ano, quando as árvores iniciam a produção, com média de 5 kg por árvore, aproximadamente 25% do seu potencial. Está sendo montada uma cooperativa de pequenos produtores para atender o mercado local e já há espanhóis adquirindo fazendas na região.