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Prefeitura paralisa atividades nesta segunda,16
13/03/2009
A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso paralisa suas atividades nesta segunda-feira, 16 de março, das 10h às 12h, e decreta ponto facultativo na cidade em solidariedade ao movimento "S.O.S. Cafeicultura", assim como em diversos municípios, para fortalecer as ações e possibilitar que possa ser grande a presença de produtores e trabalhadores em Varginha, ponto inicial desta mobilização.
Das 10h às 12h desta segunda, não haverá expediente ao público nos órgãos e entidades da administração pública municipal direta, autarquias e fundações. Estão excluídos desta "paralisação" os serviços essenciais como limpeza urbana e coleta de lixo, cemitério municipal e serviço de verificação de óbito, atendimento no Pronto Socorro e Ambulatório, atendimento nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e Guarda Municipal.
O ponto principal da manifestação acontecerá em Varginha, quando os manifestantes realização uma caminhada de protesto pela condição em que se encontra hoje a cafeicultura. Paralelo a isso, acontecerão ações simultâneas em outros municípios e na zona rural, como “luto” no campo, nos estabelecimentos comerciais com o fechamento das portas das 10h às 12h da data da marcha e das cooperativas e sindicatos de produtores e trabalhadores rurais. Ainda será solicitado às igrejas que badalem seus sinos no horário do evento, ou seja, às 10h.
O prefeito Mauro Lúcio da Cunha Zanin assinou o decreto n.º 3.581 declarando o ponto facultativo no dia 16 de março, considerando a luta justa e imprescindível para a manutenção do emprego, melhoria da renda familiar e da qualidade de vida da população paraisense; a importância da cafeicultura para a comunidade de São Sebastião do Paraíso, a qual representa um percentual de 30% do PIB do Município; e a necessidade da Administração Pública em tomar medidas de apoio à promoção e sensibilização de todos os seguimentos da sociedade que importem na mobilização do movimento de cafeicultura para o desenvolvimento da sociedade paraisense.
Dentre as reivindicações do movimento estão a manutenção dos empregos e da renda da cafeicultura, no campo e nas cidades que dependem dos recursos gerados pela cultura, garantia de preço mínimo remunerador para a produção cafeeira, a viabilização do pagamento da dívida do setor com a própria produção, ou seja, pagar com café o saldo devedor e a implantação de um programa de opção pública para obtenção de um valor mínimo que pelo menos cubra os custos das lavouras, já que hoje o preço pago por saca está muito defasado.
Segundo dados da Cooperativa Regional dos Cafeicultures de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), produtores e trabalhadores estão se organizando em grande número para participação do movimento em Varginha. Cerca de mil cooperados, de seus diversos núcleos, estarão presentes no movimento. Ônibus estão sendo fretados e grupos estão se organizando em carros para comparecerem à manifestação.