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 O movimento S.O.S. Cafeicultura está mobilizando lideranças de vários municípios brasileiros para uma manifestação que acontecerá no próximo dia 16 de março em Varginha para despertar as autoridades políticas e mobilizar a opinião pública a respeito da crise na cafeicultura brasileira e seus impactos na manutenção e geração de emprego e renda da cadeia produtiva do café no Brasil.
 Segundo informações do próprio movimento, os principais problemas que estão expostos são a falta de renda da produção brasileira de café arábica, o endividamento da cafeicultura, o alto custo de produção devido ao aumento excessivo dos insumos e problemas climáticos.



 Fatores que estão comprometendo a permanência de lavouras de café em propriedade rurais e ameaçando milhões de empregos em todo o país. Segundo a organização, cerca de 10 milhões de postos de trabalho, direta ou indiretamente ligados à cafeicultura, estariam ameaçados.
 Dentre as reivindicações do movimento estão a manutenção dos empregos e da renda da cafeicultura, no campo e nas cidades que dependem dos recursos gerados pela cultura, garantia de preço mínimo remunerador para a produção cafeeira, a viabilização do pagamento da dívida do setor com a própria produção, ou seja, pagar com café o saldo devedor e a implantação de um programa de opção pública para obtenção de um valor mínimo que pelo menos cubra os custos das lavouras, já que hoje o preço pago por saca está muito defasado.
 Para a mobilização desejada, o movimento espera contar com a participação de produtores e trabalhadores rurais, comerciantes, autônomos, estudantes, autoridades e políticos para o fortalecimento das ações previstas e com maior poder de sensibilização das autoridades brasileiras.
 O ponto principal da manifestação acontecerá no dia 16 de março, em Varginha, quando os manifestantes realização uma caminhada de protesto pela condição em que se encontra hoje a cafeicultura. Paralelo a isso, acontecerão ações simultâneas em outros municípios e na zona rural, como  “luto” no campo, nos estabelecimentos comerciais com o fechamento das portas das 10h às 12h da data da marcha e das cooperativas e sindicatos de produtores e trabalhadores rurais. Ainda será solicitado às igrejas que badalem seus sinos no horário do evento, ou seja, às 10h.
 A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso decretará ponto facultativo no dia do evento, assim como em diversos municípios, para fortalecer o movimento e possibilitar que possa ser grande a presença de produtores e trabalhadores em Varginha no próximo dia 16.
 Segundo dados da Cooperativa Regional dos Cafeicultures de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), produtores e trabalhadores estão se organizando em grande número para participação do movimento em Varginha. Cerca de mil cooperados, de seus diversos núcleos, estarão presentes no movimento. Ônibus estão sendo fretados e grupos estão se organizando em carros para comparecerem à manifestação.
 Em São Sebastião do Paraíso, a cadeia produtiva do café é responsável por cerca de 30% da economia paraisense, além da geração de empregos diretos e indiretos. Dado a importância que o setor representa, o prefeito Mauro Zanin já manifestou total apoio ao movimento. “A cafeicultura representa o alicerce da economia paraisense e o setor está apresentando propostas lógicas e objetivas, ou seja, quer pagar a dívida com o seu produto, o café, e quer a garantia de uma valor que pelo menos iguale o custo de produção. Por isso apóio esse movimento, vou decretar ponto facultativo no município no dia 16 de março e acredito que a união de todos os setores envolvidos, diretamente ou não com a cafeicultura, dará a sustentação que o movimento necessita e a sensibilização das nossas autoridades brasileiras”, concluiu Zanin.
 O apoio pode ser manifestado também através da assinatura eletrônica no site: www.soscafeicultura.com.br.