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Ouvidoria Municipal


Reunião discute a implantação do tratamento de esgoto

05/02/2009

 O esgoto é um problema na maioria dos municípios brasileiros. Em São Sebastião do Paraíso a questão é encarada como prioridade para promover a melhoria da saúde pública, significando inclusive economia com tratamento de doenças ligadas diretamente a falta de saneamento.
 Alguns bairros da cidade, como João XXIII e Parque São Francisco convivem com o problema devido à proximidade com o córrego do Matadouro que recebe parte do esgoto da cidade e desagua no córrego Liso, sendo que este se encontra com o ribeirão Santana que é usado para o abastecimento de água em Paraíso.
 Os números da Diretoria Municipal de Saúde mostram que em locais como o citado, é grande o número de casos de doenças tipicamente causadas pelo contato com água contaminada, fazendo-se necessária a implantação do sistema de tratamento do esgotamento sanitário na cidade para também adequar o município às normas ambientais exigidas por lei.
 E na manhã de quinta-feira, 29, aconteceu uma reunião na Prefeitura de Paraíso entre Executivo, Legislativo e diretores da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) para analisar a proposta da empresa para coletar e tratar o esgoto da cidade.
 Estiveram presentes o prefeito Mauro Zanin; o diretor de obras José Antônio Cintra; o procurador geral do município Sérgio Reliquias Morigi; o chefe do departamento de Agricultura e Meio Ambiente, Zorovando Bícego; o presidente da Câmara Municipal, Ailton Rocha de Sillos; os vereadores membros da Comissão de Meio Ambiente do Legislativo: José Luiz Corrêa, Cláudio Santana da Mata e Henrique Matheus; e os diretores da Copasa: Diego Leonardo Andrade de Carvalho, Alceu Gaiga, Vasco Drázio Gil, Flávio Florentino Bócoli, Fernanda Aparecida Miranda e Solange Braghini.
 Foi discutido na reunião o cumprimento da lei 11.445 que estipula prazos aos municípios para implantação do tratamento de esgoto. A proposta de um plano de trabalho foi apresentada e mostra um investimento da ordem de R$ 44 milhões para a construção da rede coletora, dos adutores e das estações de tratamento, que no caso de Paraíso seriam três: nas bacias dos córregos Liso, Rangel e do Bosque, devolvendo a água contaminada com 98% de pureza. Todas as fases do processo foram apresentadas aos presentes.
 Com a construção dos adutores, o esgoto que hoje corre a céu aberto seria canalizado e não prejudicaria mais, com todos os seus males, a população que hoje mora próxima a esses córregos, melhorando assim a qualidade de vida desses moradores.
 Os diretores da Copasa frisaram ainda que após a assinatura de convênio que seria firmado entre o município de São Sebastião do Paraíso e o Governo do Estado de Minas Gerais, as obras teriam início dentro de seis a oito meses e que já existe um estudo com a quantidade de clientes enquadrados nas categorias residencial, público, comercial e industrial. Outro ponto destacado é o recebimento do ICMS Ecológico que a cidade passaria a receber.
 A questão tarifária foi discutida também o­nde de início seriam cobrados 40% do valor da conta de água para o tratamento do esgoto, e após três anos o percentual passaria para 60%.
 Durante a reunião o presidente da Câmara, Ailton Rocha de Sillos, destacou que seria importante o acompanhamento das obras. “Acho importante a elaboração de um cronograma com todas as etapas das obras para o acompanhamento pelo Legislativo, em caso de aprovação da assinatura do convênio”, advertiu Sillos.
 O prefeito Mauro Zanin destacou a importância da discussão conjunta entre os poderes de um assunto tão importante para a cidade. “É uma obra que se faz de grande importância e necessidade e a participação do legislativo e da população é fundamental. Estamos discutindo o futuro de nossa cidade com a implantação do sistema de tratamento de esgoto e temos que considerar os danos ambientais que hoje causamos aos nossos rios e deixamos a água contaminada para nossos vizinhos, como Pratápolis. Tem ainda a questão da saúde pública e econômica, já que hoje algumas empresas só se instalam em municípios que já tratem seu esgoto. Por isso hoje pudemos discutir de uma forma bem produtiva essa questão que estamos enfrentando de frente e em parceria com a Câmara através dos vereadores que estiveram acompanhando. Tenho certeza que o melhor para a cidade irá acontecer”, completou Zanin.
 Ao final o diretor da Copasa, Diego Carvalho convidou os presentes para conhecerem o sistema de tratamento de esgoto de Belo Horizonte. “O sistema a ser implantado em Paraíso é o mesmo da capital Belo Horizonte e seria interessante conhecer todo o processo, desde a coleta até a etapa final, quando devolvemos a água com quase 100% de pureza à natureza”, finalizou Carvalho.