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Vacinação contra rubéola prossegue em Paraíso
29/08/2008
Neste sábado, 30, o Brasil inteiro estará vivenciando o dia “D” de vacinação contra a rubéola. Em São Sebastião do Paraíso não será diferente. A campanha iniciou no dia 9 de agosto, porém o dia 30 foi escolhido como o principal dia para a divulgação e conscientização da importância desta vacina, que além de evitar a rubéola, protege também contra o sarampo.
Neste dia 30 todos os postos de vacinação do município incluindo as USFs e também no distrito da Guardinha estarão abertos das 8h às 17h, vacinando homens e mulheres de 12 a 39 anos.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Geisa Quirino de Moraes, “a vacina é necessária porque a rubéola é uma doença grave, que pode acometer mulheres grávidas e causar má formação congênita no feto, provocando cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos no bebê” comenta a coordenadora.
A meta para o município de Paraíso é de 31 mil pessoas, entre homens e mulheres. Até agora mais de 12.000 pessoas já foram vacinadas e várias estratégias estão sendo planejadas para alcançar a meta, entre elas, disponibilização de equipes da vigilância para vacinar empresas com grande número de funcionários, e vacinação aos sábados em pontos de grande movimentação.
Geisa ainda explica que “a estratégia da vacinação de campanha é diferente da vacina de rotina. Isso porque durante uma campanha há a vacinação em massa de indivíduos, o que forma uma rede de proteção individual e coletiva. Tomando a vacina, o indivíduo fica protegido, não transmite a doença e contribui para que o vírus seja eliminado do meio ambiente. Tanto quem já se vacinou no passado e quem já teve a doença tem que se vacinar”.
A vacina contra a rubéola e mais outros nove tipos de vacina, entre elas BCG, hepatite B, pólio, tetra, rotavírus, tríplice, febre amarela, anti-tetânica, gripe fazem parte do calendário de vacinação brasileiro e está disponível na rede pública para crianças, adolescentes e adultos.
A campanha contra a rubéola estará acontecendo até o dia 12 de setembro e maiores informações poderão ser obtidas através da Vigilância Epidemiológica, na rua Gedor Silveira, s/nº ou pelo telefone 3539-1040/1080.
Sobre a RUBÉOLA — A rubéola, também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae.
É contagiosa e pode acometer pessoas de qualquer idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via respiratória, através das secreções nasais e da garganta, onde o vírus se encontra.
A pessoa não protegida, isto é, sem anticorpos, não vacinadas, quando infectada apresentará, após um período de incubação de cerca de 15 dias, febre, manchas vermelhas pelo corpo (exantema) e “gânglios” no pescoço e nuca. Mas muitas vezes a doença passa despercebida, sem sintomas evidentes.
O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dor de cabeça e dores pelo corpo. A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar.
Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.
Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina e dengue. Na situação atual de eliminação da rubéola, identificar precocemente um caso suspeito e realizar as ações de vigilância de forma adequada com uma correta investigação epidemiológica, a realização do diagnóstico diferencial é muito importante para classificar adequadamente qualquer caso suspeito.
A vacina é contra-indicada para mulheres grávidas; pessoas que já tiveram reação alérgica grave à vacina; indivíduos com imunodeficiências congênitas ou adquiridas; pacientes que estão fazendo uso de corticóides em doses imunossupressoras, ou seja, que baixam a imunidade; pessoas em tratamento quimioterápico; e, por fim, transplantados de medula óssea cuja cirurgia tenha sido feita com menos de dois anos.
Caso a mulher tome a vacina e, posteriormente, descubra que está grávida, ela deve retornar ao posto de saúde e informar ao profissional de saúde. A partir disso, a gestante cumprirá um protocolo de acompanhamento da gravidez. Não que a vacina faça mal às mulheres grávidas. Esse procedimento é feito para evitar futuras associações entre a vacina e eventuais problemas de saúde da criança.
Por que ocorrem os surtos de rubéola? — A vacinação de rotina contra a rubéola, no serviço público, iniciou em 1992 e no ano de 2000 já tínhamos mais de 95% da população de crianças de 1 a 10 anos de idade vacinadas. Mas as pessoas mais velhas naquela época não foram vacinadas, permanecendo suscetíveis à doença. Campanhas de vacinação de seguimento foram realizadas em 2000 e 2004 e a vacinação de mulheres em idade fértil foi concluída em todos os Estados do país em 2002. Com isso, houve uma redução do número de casos, mas em função do acúmulo de indivíduos não vacinados ao longo do tempo, principalmente homens, ainda há condições para a circulação do vírus da rubéola no país, o que contribui para a ocorrência de surtos de rubéola.
O vírus da rubéola circula quando encontra pessoas desprotegidas, sem anticorpos. Isso propicia o aparecimento de casos em adolescentes e adultos jovens, e aumenta o risco do acometimento da doença em mulheres grávidas. Para impedir surtos é necessária a adoção de estratégias para reduzir a circulação do vírus da rubéola e eliminar a Síndrome da Rubéola Congênita.
A meta do Ministério da Saúde é a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita até 2010. Este é um compromisso do Brasil e demais países das Américas, assumido em 2003. Para tanto, devem ser implementadas estratégias de vigilância da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, além de vacinação como rotina aos 12 meses de idade com uma segunda dose entre 4 e 6 anos de idade, mais as campanhas de vacinação de adolescentes e adultos.
Fonte: www.vacinacao.com.br